História, perguntado por giovannahorn7, 9 meses atrás

Qual era o imaginário dos portugueses e espanhóis sobre as viagens?

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Respondido por Beatrizjuchimiuk
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Nos séculos XV e XVI, quando ocorreram as grandes viagens marítimas, os europeus se depararam com realidades que eram bastante estranhas para eles. O oceano era um lugar onde reinava o imprevisível, ou seja, os navegadores não tinham certeza do que poderia acontecer, nem do que poderiam encontrar pelo caminho. As informações que eles tinham haviam sido retiradas, em sua maioria, de livros de outros navegadores, como por exemplo Nicollo Matteo, Marco Pólo,1 etc. Mas tais informações eram povoadas de mitos e superstições. Assim, ao partirem para as grandes viagens pelo oceano, os navegadores tinham em mente as informações de livros sobre viagens e também suas próprias crenças e mitos, que desde a Antiguidade povoavam seus pensamentos.
Essa informações míticas e supersticiosas pertenciam quase todas à tradição grega: Ctésias de Cnido em 398 antes de Cristo, já escrevia sobre a existência de raças fantásticas como os ciápodas que possuíam um único e grande pé, os homens peludos, sem cabeça, e que tinham os olhos nos ombros, etc; Plínio, em 77 depois de Cristo, também escrevia sobre os monstros e maravilhas que foram avistadas na Índia, como seres antropófagos (que comiam carne humana), seres andrógenos (que possuíam os dois sexos), etc.
E tais informações foram sendo adaptadas ao longo do tempo. Porém, em geral, mantiveram-se quase sem alterações até o século XVI. Dessa forma pode-se entender o fato de os navegadores europeus terem visto sereias, antípodas (criaturas com os pés virados para trás), cinocéfalos (criaturas com corpo humano e cabeça de cachorro que comiam carne humana), ciclopes (monstro caracterizado por ter um único olho no meio da testa), e outras tantas criaturas monstruosas e maravilhosas, quando viajaram por regiões desconhecidas.


Espero ter ajudado!! ^_^
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