Português, perguntado por heloisaeraldo, 4 meses atrás

Qual era o contexto histórico q Nelson Mandela vivia


YkharS2: Foi mal se ficou muito longo TwT

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Respondido por YkharS2
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Resposta:

Ao longo do tempo, ocorreu a interiorização sul-africana dos bôeres (descendentes de colonizadores holandeses, franceses e alemães), entrando inevitavelmente em choque com os diversos grupos negros bantos, a quem chamavam de cafre (infiel, em árabe) - povos xhosa, zulus, tswanas, ngunis e sothos, que habitavam a região. A partir de 1795, chegaram os ingleses e passaram a dominar cada vez mais áreas, até que a descoberta de ouro e diamantes os levou ao inevitável choque com os bôeres, na disputa pelas riquezas minerais.

No começo do século XX, a África do Sul era uma colônia britânica, resultado do Tratado de Vereeniging, que pusera fim à Guerra dos Bôeres (1899-1902); nela eram reconhecidos o inglês e o holandês como idiomas oficiais (o africâner só seria reconhecido após 1925), a metrópole incentivara a imigração de chineses e indianos, marginalizando ainda mais a população negra. Em 1906, ocorreu a Rebelião de Bambata, na Província de Natal, com a morte de cerca de 4 mil zulus. Em 1910, foi aprovada a Lei de União, no qual a Colônia do Cabo, Natal, Transvaal e o Estado Livre de Orange compuseram, a então chamada, União Sul-Africana, na qual os africânderes gozavam relativa autonomia administrativa; os, então denominados, territórios de Basotolândia (atual Lesoto), Bechuanalândia (atual Botsuana), Suazilândia e Rodésia (atual Zimbábue) permaneceram sob domínio britânico.

Em 1912, foi fundado o Congresso Nacional Africano por nacionalistas negros, movimento formado principalmente por bantos, para fazer frente às novas leis segregacionistas; era, contudo, composto pela elite negra (profissionais liberais, religiosos e intelectuais), em bases cristãs e não revolucionárias.

As crianças negras recebiam uma educação eurocêntrica, nos moldes da cultura britânica. Mandela declarou sobre isso que aprendiam "a ser ingleses negros".

Em 1948, a situação política deu uma forte mudança e radicalização, com a ascensão ao poder do Partido Nacional, com o domínio dos africânderes no governo: é institucionalizada a segregação e a subjugação dos não europeus, no sistema que foi denominado de Apartheid; as pessoas eram separadas por sua raça, em um sistema jurídico que excedia as regras adotadas nos estados sulistas dos Estados Unidos, com as leis de Jim Crow.

Em 1963, ano da prisão de Mandela, no Julgamento de Rivonia, a África do Sul possuía 17 milhões de habitantes, dos quais 20% eram brancos (3 250 000 pessoas), 68,3% negros (11 640 000 pessoas), sendo o restante da população formada por 1 650 000 mestiços e 520 000 asiáticos.

A nação Xhosa situa-se no interior do Transkei, entre Cabo e Natal; no século XIX, foi denominada "reserva nativa", após as guerras entre os ingleses e os povos naturais do lugar; Mandela faz parte do povo Thembu, e do clã dos Madiba.

Sobre sua aldeia natal, ele escreveu, na autobiografia, que "era um lugar distante, um pequeno distrito afastado do mundo dos grandes eventos, onde a vida corria da mesma forma como há centenas de anos".

Na África do Sul, até sua libertação, em 1990, Mandela viveu em três das províncias em que se divide o país

Nasceu Nelson Mandela na atual província sul-africana de Cabo Leste, numa vila chamada Mvezo, no Transkei.[15] Passou parte da infância na vila de Qunu (a mesma onde construiu uma casa, depois de liberto). Viveu, a partir dos nove anos, na vila real de Mqhekezweni e depois em Engcobo e Fort Beaufort, onde concluiu os estudos secundários; mudou-se, finalmente, para Alice (Porto Elizabeth), onde ingressa na faculdade.

Mqhekezweni - "o Grande Lugar", a "capital" do reino de Jongintaba, na verdade nada mais era do que um povoado composto por uma dúzia de rondavels e uma grande horta.

Após a faculdade muda-se para Gauteng, onde mora nos subúrbios de Joanesburgo: Soweto e Alexandra. Em Kliptown assina a Carta da Liberdade; em Pretória fica preso e tem casa em Rivonia.

No KwaZulu-Natal participa da Conferência Africana em Pietermaritzburgo e é preso em Howick (1961-62).

Finalmente, na província de Cabo Oeste, passa a maior parte do tempo nas prisões da Ilha de Robben, na Cidade do Cabo e em Paarl.

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