História, perguntado por biabragagomes03, 1 ano atrás

Qual era a função da usina de açúcar

Soluções para a tarefa

Respondido por AngelCollins
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Uma usina (do francês usine), engenho de açúcar ou simplesmente engenho (do latimingeniu) é, stricto sensu, a moenda de cana-de-açúcar. Lato sensu, designa todo o estabelecimento agroindustrial especializado na transformação da cana-sacarina em açúcar, melaço, aguardente de cana e etanol. Os modelos de engenho central e usina passaram a ser utilizados no final do século XIX quando houve necessidade de desativar os antigos engenhos das fazendas e produzir açúcar em uma planta industrial moderna com economia de escala e controle de qualidade rigoroso.
Respondido por Bela1155557
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A importância da cana de açúcar é devida à sua mútipla utilidade, podendo ser empregada in natura, sob a forma de forragem, para alimentação animal, ou como matéria prima para a fabricação de rapadura, melado, aguardente, açúcar e álcool. Seus resíduos também tem grande importância econômica: o vinhoto é transformado em adubo e o bagaço em combustível.

O Brasil lidera a lista dos 80 países produtores, respondendo por 25% da produção mundial. Em 1998, o país produziu 338.002 mil toneladas métricas de cana, seguido pela Índia (265.000 mil toneladas métricas) e pela China (85.666 toneladas métricas). No Brasil, o complexo sucroalcoleiro gera uma renda de US$ 7 bilhões, sendo que US$ 3,2 bilhões são obtidos em vendas para o exterior. A cana-de-açucar é a base para todo o agronegócio sucroalcooleiro, representado por 350 indústrias de açúcar e álcool e 1.000.000 empregos diretos e indiretos.O Brasil produziu e moeu na safra 1999/00, 300 milhões de toneladas de cana de açúcar, 381 milhões de sacas de 50 kg de açúcar e mais de 12 milhões de litros de álcool anidro e hidratado.

Em São Paulo, responsável por 60% da produção nacional, o agribusiness da cana movimenta R$ 8 bilhões por ano e proporciona 600 mil empregos diretos. São Paulo é, em nível mundial, líder em competitividade (menor custo de produção) e em exportação de açúcar. A importância econômica da cana para São Paulo deve crescer muito em função de seu potencial para a produção de energia renovável.

O Proálcool criado em 1975, numa tentativa de amenizar o problema energético, tinha como objetivo a redução das importações de petróleo Ainda hoje há cerca de 4 milhões de veículos que utilizam exclusivamente este derivado da cana como combustível, representando 40% da frota nacional. Além disso o alcool representa uma solução não poluente para octanagem da gasolina, substituindo o chumbo tetraetila, altamente prejudicial à saúde humana, na mistura gasolina -álcool (gasohol), hoje aceita e usada em praticamente todo o mundo.

Posteriormente a baixa dos preços do petróleo, tornou o álcool pouco competitivo, exigindo subsídios para a manutenção do programa. Nos últimos 3 anos a política de eliminação de subsídios, provocou uma certa desorganização que vem sendo vivida e discutida , à procura de um novo equilíbrio entre os diversos atores da cena energética nacional. Atualmente, é baixa a produção de veículos novos a álcool, mas a recente elevação dos preços internacionais do petróleo cria perspectivas promissoras para o álcool combustível. Mais ainda porque o álcool tem tido seu reconhecimento na comunidade internacional como uma das possíveis soluções aos problemas ambientais destacando-se como um dos melhores candidatos a ser apoiados com políticas de financiamento (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo - MDL), segundo o estabelecido no Protocolo de Quioto.

Com a crise energética nova perspectiva é aberta para o aproveitamento do bagaço da cana. Como a quantidade do bagaço produzida é muito elevada (aproximadamente 30% da cana moída), existe um grande potencial para geração de eletricidade para venda comercial.

Estima-se um potencial de geração de eletricidade a partir de bagaço de cana em 4.000 MW utilizando-se tecnologias comercialmente disponíveis. As alterações na regras do mercado de energia elétrica, estão criando melhores condições para a oferta de energia por produtores independentes, podendo ser atrativas para o setor sucroalcooleiro

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