História, perguntado por evelynemanuele, 11 meses atrás

qual era a cultura dos indios botocudos???

Soluções para a tarefa

Respondido por nathalyansndj
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Krenak  acessa a wikipedia que fala mais Linda
 Espero ter ajudado
Respondido por evsonarrebatados
1

Resposta:

foi uma denominação genérica dada pelos colonizadores portugueses a diferentes grupos indígenas pertencentes ao tronco macro-jê (grupo não tupi), de diversas filiações linguísticas e regiões geográficas, cujos indivíduos, em sua maioria, usavam botoques labiais e auriculares. Também chamados aimorés, eram numerosos na época das primeiras incursões do homem branco, distribuindo-se pelo sul da Bahia e região do vale do rio Doce, incluindo o norte do Espírito Santo e Minas Gerais.[1] Ainda há grupos remanescentes, nas bacias dos Rios Mucuri e Pardo.

Botocudo é definido na Enciclopédia Delta Universal como sendo:

o nome de vários grupos indígenas brasileiros de línguas diferentes, pertencentes ao tronco Macro-Jê, que no século XVI habitavam as costas das capitanias hereditárias de Ilhéus e Porto Seguro, possivelmente vindos do interior.

Os botoques eram discos brancos, geralmente feitos com a madeira leve da barriguda (Bombax ventricosa), secados ao fogo, de diâmetro variável, chegando a até 12 centímetros.[2] Esses acessórios, fixados nos lóbulos das orelhas e nos lábios, conferiam aos indígenas uma aparência particularmente assustadora.

Quando os portugueses chegaram ao que hoje se chama Espírito Santo, encontraram vários grupos indígenas que viviam da pesca, caça, coleta e pequena agricultura de subsistência. Aquele que ocupava mais territórios e que ofereceu mais resistência aos brancos foi justamente o dos botocudos.

Chefe de botocudos, Giulio Ferrario, ca. 1830

Alguns grupos sobreviveram até o século XX nas matas localizadas entre o Rio Jequitinhonha e o Vale do Rio Doce, nos Estados da Bahia, de Minas Gerais e do Espírito Santo. Os remanescentes dos grupos que viviam nos rios Mucuri e Jequitinhonha foram confinados na missão de Itambacuri, em Minas Gerais, onde se extinguiram. Os grupos do Rio Doce, sobreviventes destituídos de suas terras e aculturados em 1911, foram recolhidos a postos situados no Espírito Santo e em Minas Gerais. Os botocudos são também chamados aimorés, boruns ou guerens.

O índio Guido Pokrane, segundo o historiador Jonathas Durço, foi usado pelo militar Guido Tomás Marlière na aculturação. Ele fez a ligação entre os brancos "civilizadores" e a "barbárie" indígena. A Coroa Imperial iniciou uma catequese dos remanescentes rebeldes de Minas e, quando os tinha pacificado, iniciou um processo de extermínio e genocídio sem precedentes na história do Brasil — culminando com a extinção quase que completa dessa nação indígena.

Botocudo é indígena da tribo dos botocudos, de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia (Aimorés), a qual usava botoque, e cuja língua, antigamente considerada como Je, é hoje tida como isolada.

– Aurélio Buarque de Hollanda

Grandes corredores e guerreiros temíveis, foram os responsáveis pelo fracasso das capitanias de Ilhéus, Porto Seguro e Espírito Santo. Sempre foram vizinhos temidos. Antes do descobrimento do Brasil, haviam desalojado os tupiniquins de suas terras ao Sul da Bahia. O contato com os brancos nem sempre lhes foi vantajoso. Aprenderam, por exemplo, a lavrar a terra, mas também aprenderam a fumar e tornaram-se bebedores habituais de aguardente.

Combate de Botocudos em Mogi das Cruzes, quadro de Oscar Pereira da Silva, presente no acervo do Museu Paulista da USP.

Os narradores que acompanhavam as entradas e bandeiras e tinham a desventura de encontrar os botocudos deixaram registradas sua violência e agressividade. Vários historiadores citam violentos ataques dos botocudos.

Dom Frei João da Cruz, por provisão de 15 de outubro, criou ali (Abre Campo) uma freguesia com título de Santa Ana e Senhora do Rosário da Casa da Casca. A paróquia, no entanto, não pôde manter-se por muito tempo, em razão sobretudo de haver sido quatro ou cinco vezes atacada e uma vez literalmente arrasada a fogo pelo selvagem botocudo.

– cônego Raimundo Trindade, falando sobre a instalação de uma paróquia em Abre-Campo, em Minas Gerais, referindo aos botocudos

ele suplicante e os mais moradores do mesmo Arrayal e Rossas Vizinhas estão nescessitando de quem lhe administre os Sacramentos da Igreja e lhes dê o pasto Spiritual, havendo daí grande distância e dificuldades de caminhos para as Igrejas de São José da Barra e Furquim, como são serras muito ásperas para passar, e perigosas, e infestadas de Gentio Brabo.

– José do Valle Vieira, em uma petição para instalar esta mesma freguesia

A provisão de D. Frei João da Cruz citada antes tem um trecho («e que tendo elles suplicantes várias vezes procurado sacerdote para lhe confessar a custa de suas Fazendas, todos se escusaram com o temor do caminho, e gentio») que ilustra o feito dos botocudos, abundantes na região.

Conquistados definitivamente no início do Século XX, com a instalação da EFVM - Estrada de Ferro Vitória a Minas.

As primeiras notícias

(Algumas informações abaixo são da página na internet, sem autor:[4])

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