Português, perguntado por leonardobatistalemek, 10 meses atrás

Qual era a condição das mulheres no Brasil no século XIX, especificamente das mulheres negras ?

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Respondido por oliveiraconcursos
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Entendendo que o no Séc. XIX, a sociedade Brasileira ainda era predominantemente rural. Vemos que as mulheres negras ainda eram submetidas a um regime de escravidão.

 

Sendo assim, as mulheres negras eram escravizadas, se submetendo a vontade e ordens de seus donos. Além disso a figura da mulher era vista de forma preconceituosa.

 

Por mais que no final do Séc. XIX, a princesa Isabel tenha assinado a Lei Áurea abolindo a escravidão. A situação de escravidão das mulheres negras ocorreu por todo século XIX.

Respondido por Nc77
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Resposta:

Era um período estranho, insatisfatório, cheio de aspirações ingratas.

A mulher tinham que entender cedo que a única porta aberta para uma vida que fosse, ao mesmo tempo, fácil e respeitável era aquela do casamento. Logo, ela dependia de sua boa aparência, nos conformes do gosto masculino daqueles dias, de seu charme e das artes de sua penteadeira.

As mulheres tinham que se preparar para um bom casamento e para o exercício da maternidade, por outro lado, mulheres de comportamento considerado liberal,eram desconsideradas socialmente.

Os pais acreditavam que uma educação séria para suas filhas era algo supérfluo: modos, música e um pouco de francês seria o suficiente para elas.  

A Educação das mulheres se restringia a atividades que fossem úteis no ambiente doméstico, desprovidas de valor no mercado de trabalho da época, como costurar, aprender música ou desenvolver habilidades artísticas.

No século XIX baseava-se muitas vezes nos afazeres domésticos, eram elas que deveriam exercer as atividades relacionadas ao lar, como cuidar dos membros da família, cozinhar, lavar as roupas e etc. Muitas mulheres deveriam seguir os ideais católicos de família, onde elas tinham obrigações quando jovens, casadas e até mesmo quando viúvas.  

As mulheres mal entravam na adolescência já estavam sendo preparadas para casar, com vinte e poucos anos já eram cercadas de filhos e deveriam dar conta da educação dos filhos e filhas, onde certamente era uma educação diferenciada, pois as meninas eram desde cedo ensinadas sobre os papéis que exerceriam na sociedade de esposa e mãe.  

A lei orientava que as escolas femininas enfatizassem as atividades domésticas, jamais ensinadas aos meninos.  

Mulheres diferenciavam- se de acordo com a condição social, econômica e da cor da pele.  

Para as moças dos grupos sociais privilegiados, o ensino da leitura, da escrita e das noções básicas de matemática vinha acompanhado das aulas de piano, francês, aulas que eram ministradas em suas próprias casas ou em escolas religiosas.  

Já as meninas pobres estavam desde muito cedo envolvidas nas tarefas domésticas, no trabalho da roça, no cuidado com os irmãos menores, essas tarefas tinham prioridade, eram maiores do que a escolarização. E as negras também tinham destinos semelhantes aos das brancas pobres que ficavam isentas do processo sistemático de escolarização, e de vida privada, para essas meninas escravas a educação acontecia no dia-a-dia, na violência do seu trabalho, na luta pela sobrevivência, na resistência e na fuga.  

As mulheres das classes mais populares, em particular as negras, indígenas e mulatas havia a preocupação de juristas e políticos, para estes, elas eram portadoras de vícios, da escravidão, tinham tendências a ociosidade, não valorizavam os laços familiares, o casamento e a honra, para muitos juristas da época seria um desafio implantar esses conceitos de valores para esta camada da população.

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