Português, perguntado por Bernarso, 1 ano atrás

Qual e papel do estado no politico -economico socialismo

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Respondido por anajuliacostasantos4
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A representação sobre a política e o Estado ao longo do desenvolvimento histórico da

humanidade é, na tradição ocidental anterior à concepção de Marx – resguardadas todas as

especificidades –, uma percepção afirmativa na qual a política é entendida como condição

essencial para a formação do homem civil. Do “Estado universalista como uma agência da

paz perpétua”, de Kant, ao “Estado comercial fechado” de Fitche como “eixo de regulação da

sociedade civil pelo poder público”, ou ao Estado como “portador do papel universalista da

Razão nos assuntos humanos”, de Hegel, toda a filosofia política que antecede Marx atesta a

política como intrínseca aos indivíduos sociais.

Essa vertente que compreende a política e o Estado como espaço e mediação para a

solução dos antagonismos existentes é rejeitada por Mészáros. Para o autor, as soluções que

partem do ponto de vista do capital estão limitadas à afirmação positiva da permanência das

hierarquias estruturais estabelecidas. Para as teorias burguesas, o Estado, no seu papel

reconciliador, estaria acima dos conflitos e das contradições do sistema do capital atuantes na

sociedade civil e, por isso, poderia administrá-los. No entanto, a própria distinção entre

sociedade civil e Estado advém da necessidade de idealizar a realização de uma conciliação

impossível no todo. Dessa forma, para Mészáros, a formação do Estado no sistema do capital

não é menos afetada pelas reciprocidades e interdependências potencialmente explosivas do

que a sociedade civil.

Diante disso, é objetivo deste trabalho compreender o papel do Estado no interior do

sistema sociometabólico do capital, observando de que maneira ocorre a relação de

complementaridade que permite afirmar o Estado como parte constitutiva da base material do

sistema do capital. Para tanto, partimos de parte da obra de István Mészáros, cuja investigação

coloca em cheque a parcialidade da abordagem política para a emancipação, bem como a

possibilidade de autonomia do Estado em relação ao capital

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