Qual é o uso da liberdade que interessa à ética ou filosofia moral, e qual vem a ser os potenciais obstáculos a esse uso?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Nós, humanos, não vivemos sozinhos. Há uma infinidade de relações que estabelecemos o tempo todo – com a nossa família, com os nossos vizinhos, com os nossos amigos, com colegas de escola e trabalho, entre outras. Todos nós somos singulares: temos vontades, pensamentos e modos de expressão diferentes. Foi para possibilitar a vida em comum, ou seja, a vida ao lado das outras pessoas, e para garantir que todas elas possam agir que, ao longo dos anos, apareceu a noção de ética.
Resposta: Ética, liberdade e responsabilidade
A palavra responsabilidade, em seu sentido original, deriva do verbo latino respondere, responder. Quando falamos que alguém é responsável ou tem responsabilidade sobre alguma coisa, significa que essa pessoa tem condições de pensar sobre seus atos.
Quando uma pessoa tem condições de pensar sobre seus atos, tanto os do passado quanto os do presente, ela pode escolher a forma como agir no futuro. Sobre isso dizemos que a pessoa tem liberdade. Mas os filósofos não chegam a um consenso a respeito da liberdade humana.
Dentro da discussão filosófica, há pensadores que discutem a liberdade humana em relação à presciência divina, como Boécio; há pensadores que discutem a liberdade humana em relação às determinações biológica e histórica, como Helvetius; há os que discutem a liberdade humana acima das determinações, como Sartre; e aqueles que analisam a relação entre a liberdade e o determinismo a partir do entendimento do ser humano como livre e determinado ao mesmo tempo, como Espinosa.
Liberdade e Determinismo
Para Helvetius e outros deterministas, a liberdade seria uma espécie de ilusão, pois há um aspecto biológico do qual não se pode escapar e, sobretudo, um aspecto jurídico. Veja o que ele diz:
“Os homens não são maus, mas submissos aos seus interesses... Portanto, não é da maldade dos homens que é preciso se queixar, mas da ignorância dos legisladores que sempre colocam o interesse particular em oposição ao geral. […] Até hoje, as mais belas máximas morais não conseguem traduzir nenhuma mudança nos costumes das nações. Qual é a causa? É que os vícios de um povo estão, se ouso falar, escondidos no fundo de sua legislação.”*
Explicação: