qual é o significado estratégico e geopolítico do direito de veto no conselho de segurança da onu? alguém sabe?
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É um direito um tanto quanto anacrônico, mas que pode ser explicado pela época de formação da ONU.
A Onu foi formada em 1945, no final da Segunda Guerra. A Europa estava arrasada, e o mundo havia acabado de sair de um conflito generalizado. Os vencedores reunidos (mais as duas maiores vítimas de invasão do Eixo), então acordaram em dividir a responsabilidade de manter o mundo em paz e segurança, e o CS (EUA, UK, URSS, França e China) seria a ferramenta para isso. Nada de ruim até aí.
O problema começa depois. A Alemanha foi reconstruída e passou a ser um país exemplar, inclusiva na área de proteção aos Direitos Humanos. O Japão também. Não haveria porque continuarem excluídos dos assentos permanentes. Mas continuam.
Muitos países se desenvolveram enormemente (como o Brasil) e muitas nações nasceram do processo de descolonização da África e Ásia. O número de membros da ONU multiplicou. No entanto, o mundo estava passando pela Guerra Fria, e EUA e URSS precisavam, acima de qualquer coisa, utilizar o conselho e o poder de veto para, pelo menos, não permitir a sua utilização pelo adversário (durante a Guerra Fria o CS sempre esteve paralizado pelo abuso do poder de veto, com exceção da Guerra da Coréia, onde a URSS resolveu boicotar a reunião do CS e os EUA se aproveitaram da ausência para arranjar uma autorização de uso de força, inclusive manipulando desavergonhadamente o conceito de "voto afirmativo" para incluir "abstenção".) Fora uma tímida reforma, com ampliação dos membros rotativos, os cinco não arriscariam mudar muito nem a composição, nem o mecanismo do veto durante este tempo.
Hoje, a própria Guerra Fria acabou, mas quem está no assento não quer "largar o osso". nem compartilhá-lo com ninguém mais. É um mecanismo muito importante para eles, pois utilizar o poder militar para impor política não é mais bem-visto.
A Onu foi formada em 1945, no final da Segunda Guerra. A Europa estava arrasada, e o mundo havia acabado de sair de um conflito generalizado. Os vencedores reunidos (mais as duas maiores vítimas de invasão do Eixo), então acordaram em dividir a responsabilidade de manter o mundo em paz e segurança, e o CS (EUA, UK, URSS, França e China) seria a ferramenta para isso. Nada de ruim até aí.
O problema começa depois. A Alemanha foi reconstruída e passou a ser um país exemplar, inclusiva na área de proteção aos Direitos Humanos. O Japão também. Não haveria porque continuarem excluídos dos assentos permanentes. Mas continuam.
Muitos países se desenvolveram enormemente (como o Brasil) e muitas nações nasceram do processo de descolonização da África e Ásia. O número de membros da ONU multiplicou. No entanto, o mundo estava passando pela Guerra Fria, e EUA e URSS precisavam, acima de qualquer coisa, utilizar o conselho e o poder de veto para, pelo menos, não permitir a sua utilização pelo adversário (durante a Guerra Fria o CS sempre esteve paralizado pelo abuso do poder de veto, com exceção da Guerra da Coréia, onde a URSS resolveu boicotar a reunião do CS e os EUA se aproveitaram da ausência para arranjar uma autorização de uso de força, inclusive manipulando desavergonhadamente o conceito de "voto afirmativo" para incluir "abstenção".) Fora uma tímida reforma, com ampliação dos membros rotativos, os cinco não arriscariam mudar muito nem a composição, nem o mecanismo do veto durante este tempo.
Hoje, a própria Guerra Fria acabou, mas quem está no assento não quer "largar o osso". nem compartilhá-lo com ninguém mais. É um mecanismo muito importante para eles, pois utilizar o poder militar para impor política não é mais bem-visto.
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