Qual é o assunto do Capítulo??
Alice no país das maravilhas Capítulo 3 – "Uma corrida eleitoral e o longo rabo de uma história"
Era de fato bizarro o grupo que se reuniu na margem: os pássaros arrastando a plumagem, os outros animais com o pêlo grudado ao corpo, todos ensopados, desconfortáveis e contrariados.
A primeira questão a ser colocada era, logicamente, como secar outra vez: fizeram uma consulta e, em alguns minutos, pareceu bastante natural a Alice o fato de estar conversando familiarmente com eles, como se já os conhecesse há muito tempo. Na verdade, teve até uma longa discussão com o Louro, que por fim ficou ressentido e só dizia: “Sou mais velho que você, devo saber melhor.” E isso Alice não podia aceitar, sem antes saber se de fato ele era mais velho; mas como o Louro recusou-se terminantemente a dizer sua idade, a discussão terminou aí.
Finalmente o Rato, que parecia exercer alguma autoridade sobre eles, conclamou: “Sentem-se todos e escutem-me! Eu vou fazê-los secar rapidamente!” Todos sentaram-se de uma vez num grande círculo, com o Rato ao meio. Alice fixou os olhos nele ansiosamente, porque estava certa de que pegaria um resfriado se não secasse logo.
“Hum!” começou o Rato com ar importante. “Estão todos prontos? Vou contar a história mais árida que conheço. Façam silêncio, por favor! ‘Guilherme, o Conquistador, cuja causa foi favorecida pelo Papa, logo obteve a submissão dos ingleses, que precisavam de um líder e nos últimos tempos já estavam habituados à usurpação e à conquista. Edwin e Morcar, condes de Mércia e Nortúmbria...’”
“Brrr!” fez o Louro, arrepiado.
“Pois não?” disse o Rato franzindo a testa, mas muito polidamente. “Você disse alguma coisa?” “Eu, não!” respondeu apressado o Louro.
Soluções para a tarefa
Resposta:
7
APRESENTAÇÃO
Francisco Achcar
Alice no País das Maravilhas não é – como pensam muitos
– um livro para crianças? Por que, então, indicar sua leitura
para quem não é mais criança?
A Duquesa, uma das personagens mais loucas deste livro
“louco”, diz a Alice: “Seja aquilo que você pareceria ser”, e
logo passa a explicar a coisa “de um modo mais simples”:
“Nunca imagine que não ser diferente daquilo que pode
parecer aos outros que você fosse ou pudesse ter sido não seja
diferente daquilo que tendo sido poderia ter parecido a eles ser
diferente.”
O célebre gato de Alice prova que é louco com uma
curiosa demonstração “lógica”: “Para começar”, disse o Gato,
“um cachorro não é louco. Concorda?” “Acho que sim”,
respondeu Alice. “Bem”, prosseguiu o Gato, “você vê um cão
rosnar quando está bravo, e abanar o rabo quando está feliz.
Agora, eu rosno quando estou feliz e balanço o rabo quando
estou bravo. Logo, sou louco.”
As numerosas e divertidíssimas “loucuras” dos dois livros
de Alice — este e Através do Espelho e o que Alice Encontrou
Lá — implicam questões de lógica (com uso freqüente do
absurdo), física (antecipando, em relação às dimensões de
tempo e espaço, o horizonte espantoso da ciência contemporâ-
nea) e filosofia. Neste último caso estão o enigma da identida-
de pessoal (tema que veio a se constituir num dos assuntos
centrais da filosofia contemporânea), controvérsias sobre ética
(portanto sobre valores associados ao nosso comportamento),
disputas sobre linguagem (o problema do sentido das palavras,
que aparece na discussão com a Duquesa, é central na lingüísti
Explicação:
Capítulo 3 – Uma corrida eleitoral e uma longa história
Era de fato bizarro o grupo que se reuniu na margem: os pássaros arrastando a plumagem, os outros animais com o pêlo grudado ao corpo, todos ensopados, desconfortáveis e contrariados.