Qual é Epidemiologia do furúnculo?
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DESCRIÇÃO DO FURÚNCULO
Infecção estafilocócica do folículo piloso e da glândula sebácea, comprometendo o tecido celular subcutâneo próximo. Caracteriza-se por nódulo eritematoso, pustuloso, quente e doloroso que acaba por flutuar e romper-se eliminando conteúdo necrótico (carnegão) e purulento. A concomitância de vários furúnculos em múltiplas localizações denomina-se furunculose, e pode ser decorrente de complicações de dermatoses secundariamente infectadas, como a pediculose e escabiose. A ocorrência de vários furúnculos na mesma localização denomina-se antraz. Recorrências de Furúnculo podem ocorrer por meses ou anos tornando-se problema de difícil resolução clínica. São mais freqüentes na face, pescoço, axilas, coxas e nádegas que são áreas mais pilosas e sujeitas.
SINONÍMIA
Frunco, leicenço.
ETIOLOGIA DO FURÚNCULO
Staphylococcus aureus.
RESERVATÓRIO
O homem, em raras ocasiões, os animais.
MODO DE TRANSMISSÃO DO FURÚNCULO
Contato com indivíduos com lesão purulenta (fonte mais comum de propagação epidêmica) ou portador assintomático. As mãos são o meio mais importante para transmitir a infecção. 20 a 30% da população geral é portadora nasal de Staphylococcus positivos para a coagulase. A autoinfecção é responsável por um terço das infecções. A fonte mais comum de propagação epidêmica são as lesões supurativas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Variável e indefinido. Em geral 4 a 10 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
Enquanto houver Staphylococcus na lesão ou na orofaringe dos portadores assintomáticos.
COMPLICAÇÕES DO FURÚNCULO
A infecção destrói os anexos da pele e deixa cicatriz, principalmente quando as lesões são “espremidas para tirar o carnegão.” Raramente septicemias podem ocorrer.
DIAGNÓSTICO DO FURÚNCULO
Baseia-se na história clínica e exame dermatológico. Exames complementares como bacterioscopia e cultura são desnecessários.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Hidradenite - infecção crônica supurativa com períodos de remissão e exacerbações geralmente em axilas e região inguino-crural. Miíase: o nódulo causado pela penetração da larva é menos inflamatório e tem na parte central um orifício por onde a larva sai após atingir a maturidade. Foliculite necrotizante: as lesões são menores, em grande número no couro cabeludo e áreas seborréicas.
TRATAMENTO DO FURÚNCULOTópico
Os antibióticos como a neomicina, bacitracina, mupirocina ou ácido fusídico e a drenagem quando a lesão apresenta flutuação, são curativos.
Sistêmico
Eritromicina na dose de 30 a 40 mg/kg/dia, dividida de 6 em 6 horas, tetraciclinas na dose de 20 a 40 mg/kg/dia, dividida de 6 em 6 horas ou 2g/dia para adultos, sulfametoxazol+trimetropina – 800 mg e 160 mg respectivamente a cada 12 horas em adultos. Em crianças a dose é 20 a 30 mg/kg/dia calculada em relação ao sulfametaxazol. Em furunculoses de repetição recomenda-se o uso de mupirocina tópico durante sete dias na cavidade nasal, na região retro-auricular, nos sulcos interdigitais dos pés e mãos, axilas, períneo e na região peri-anal.
Outros
Sabonetes antibacterianos e antibióticos tópicos no nariz e unhas podem ser empregados no tratamento da furunculose recidivante, para evitar a colonização de portadores assintomáticos.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DO FURÚNCULO
Doença universal. A obesidade, higiene precária, história familiar, diabete mellitus e quadros de imunodepressão são considerados fatores de risco.
OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Não se aplica.
NOTIFICAÇÃO
Não é doença de notificação compulsória.
MEDIDAS DE CONTROLE DO FURÚNCULO
Vestes e objetos de uso pessoal devem ser mantidos separados e limpos, se possível com trocas de roupas diárias. As mãos e a face do paciente devem ser rigorosamente limpas, devendo-se usar sabões desinfetantes. É conveniente manter secas as regiões do corpo habitualmente úmidas. Pacientes obesos e/ou que têm pêlos encravados e/ou com hiperidroses devem procurar tratamento específico. Devem ser evitados uso de roupas apertadas e contato da pele com óleos de maneira geral. Orientar para evitar a drenagem e expressão excessiva da lesão sem orientação médica.
SOBRE OS DIREITOS AUTORAIS DO DOCUMENTO
Consta no documento:
“Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.”
O objetivo do site MedicinaNet e seus editores é divulgar este importante documento. Esta reprodução permanecerá aberta para não assinantes indefinidamente.
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《《 NILSON MELLO 》》
Infecção estafilocócica do folículo piloso e da glândula sebácea, comprometendo o tecido celular subcutâneo próximo. Caracteriza-se por nódulo eritematoso, pustuloso, quente e doloroso que acaba por flutuar e romper-se eliminando conteúdo necrótico (carnegão) e purulento. A concomitância de vários furúnculos em múltiplas localizações denomina-se furunculose, e pode ser decorrente de complicações de dermatoses secundariamente infectadas, como a pediculose e escabiose. A ocorrência de vários furúnculos na mesma localização denomina-se antraz. Recorrências de Furúnculo podem ocorrer por meses ou anos tornando-se problema de difícil resolução clínica. São mais freqüentes na face, pescoço, axilas, coxas e nádegas que são áreas mais pilosas e sujeitas.
SINONÍMIA
Frunco, leicenço.
ETIOLOGIA DO FURÚNCULO
Staphylococcus aureus.
RESERVATÓRIO
O homem, em raras ocasiões, os animais.
MODO DE TRANSMISSÃO DO FURÚNCULO
Contato com indivíduos com lesão purulenta (fonte mais comum de propagação epidêmica) ou portador assintomático. As mãos são o meio mais importante para transmitir a infecção. 20 a 30% da população geral é portadora nasal de Staphylococcus positivos para a coagulase. A autoinfecção é responsável por um terço das infecções. A fonte mais comum de propagação epidêmica são as lesões supurativas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Variável e indefinido. Em geral 4 a 10 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
Enquanto houver Staphylococcus na lesão ou na orofaringe dos portadores assintomáticos.
COMPLICAÇÕES DO FURÚNCULO
A infecção destrói os anexos da pele e deixa cicatriz, principalmente quando as lesões são “espremidas para tirar o carnegão.” Raramente septicemias podem ocorrer.
DIAGNÓSTICO DO FURÚNCULO
Baseia-se na história clínica e exame dermatológico. Exames complementares como bacterioscopia e cultura são desnecessários.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Hidradenite - infecção crônica supurativa com períodos de remissão e exacerbações geralmente em axilas e região inguino-crural. Miíase: o nódulo causado pela penetração da larva é menos inflamatório e tem na parte central um orifício por onde a larva sai após atingir a maturidade. Foliculite necrotizante: as lesões são menores, em grande número no couro cabeludo e áreas seborréicas.
TRATAMENTO DO FURÚNCULOTópico
Os antibióticos como a neomicina, bacitracina, mupirocina ou ácido fusídico e a drenagem quando a lesão apresenta flutuação, são curativos.
Sistêmico
Eritromicina na dose de 30 a 40 mg/kg/dia, dividida de 6 em 6 horas, tetraciclinas na dose de 20 a 40 mg/kg/dia, dividida de 6 em 6 horas ou 2g/dia para adultos, sulfametoxazol+trimetropina – 800 mg e 160 mg respectivamente a cada 12 horas em adultos. Em crianças a dose é 20 a 30 mg/kg/dia calculada em relação ao sulfametaxazol. Em furunculoses de repetição recomenda-se o uso de mupirocina tópico durante sete dias na cavidade nasal, na região retro-auricular, nos sulcos interdigitais dos pés e mãos, axilas, períneo e na região peri-anal.
Outros
Sabonetes antibacterianos e antibióticos tópicos no nariz e unhas podem ser empregados no tratamento da furunculose recidivante, para evitar a colonização de portadores assintomáticos.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DO FURÚNCULO
Doença universal. A obesidade, higiene precária, história familiar, diabete mellitus e quadros de imunodepressão são considerados fatores de risco.
OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Não se aplica.
NOTIFICAÇÃO
Não é doença de notificação compulsória.
MEDIDAS DE CONTROLE DO FURÚNCULO
Vestes e objetos de uso pessoal devem ser mantidos separados e limpos, se possível com trocas de roupas diárias. As mãos e a face do paciente devem ser rigorosamente limpas, devendo-se usar sabões desinfetantes. É conveniente manter secas as regiões do corpo habitualmente úmidas. Pacientes obesos e/ou que têm pêlos encravados e/ou com hiperidroses devem procurar tratamento específico. Devem ser evitados uso de roupas apertadas e contato da pele com óleos de maneira geral. Orientar para evitar a drenagem e expressão excessiva da lesão sem orientação médica.
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Consta no documento:
“Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.”
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