Qual é a visão de Gilberto Gil sobre a cultura digital?
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Resposta:
Brasil
Cultura digital e desenvolvimento
Aula Magna proferida pelo ministro Gilberto Gil na USP
Nova-e. Brasil, 10 de agosto de 2004.
Boa tarde a todos.
Xenófobo. Autoritário. Estalinista. Burocratizante. Centralizador. Leviano. Estatizante. Dirigista. Controlador. Intervencionista. Concentracionista. Chavista. Soviético.
Desde a quinta-feira da semana passada, jornais, revistas e emissoras de televisão do país amplificaram e multiplicaram esses e outros termos semelhantes para qualificar (ou desqualificar) a proposta de criação da Agência Nacional de Cinema e Audiovisual.
A sociedade brasileira foi bombardeada por dezenas de "istas" e "antes", repetidos à exaustão.
O projeto não veio à tona por seu teor, mas por sua crítica. Vi poucas críticas consistentes, baseadas em leituras atentas do anteprojeto, em conhecimento rigoroso e abrangente da questão.
Em vez disso, há a estigmatização. Tenho visto um festival de adjetivos, generalizações, visões apriorísticas e opiniões construídas a partir de outras críticas, e não do fato que se critica.
Houve quem afirmasse, talvez sem se dar conta do grau de violência verbal de sua assertiva, que a proposta deveria ser atirada ao lixo.
Um jornal, por exemplo, publicou nos últimos dias as opiniões contrárias de dezenas de pessoas, em especial de seus próprios colunistas. No dia em que o Congresso Brasileiro de Cinema, que reúne 54 entidades do setor, inclusive os exibidores, foi ao MinC para manifestar seu apoio à criação da Ancinav, o que fez o jornal? Nada. Simplesmente não publicou a informação de que o cinema brasileiro quer a Ancinav.
Até hoje, os veículos que atacaram ou publicaram ataques ao anteprojeto simplesmente não concederam ao Ministério da Cultura a oportunidade de apresentá-lo, inclusive para que ele seja criticado pelo que efetivamente é, e não por aquilo que os colunistas e editorialistas acham, ou preferem achar, que ele seja.
Este fenômeno é muito parecido com o que houve recentemente nos Estados Unidos.
Primeiro, a tática militar de Bush: bombardeio avassalador no primeiro dia de guerra para mostrar o poderio norte-americano e dizer: não ousem resistir, que vem mais por aí.
Depois, o consenso, o pensamento único pró-guerra na imprensa norte-americana, tornando verdade o que hoje sabe-se mentira: a existência de armas de destruição em massa no arsenal iraquiano.
Entre os tantos detratrores, quantos realmente leram os mais de 100 artigos? Quantos já se deram ao trabalho de estudar o assunto, de recolher dados e refletir sobre eles? Quantos procuraram saber o que acontece no resto do mundo em relação ao tema? Quantos tiveram a sabedoria de conversar com quem atua há anos e anos no setor?
A equipe que redigiu o anteprojeto fez tudo isso. Ao longo de 14 meses, ouvimos e compilamos as propostas do conjunto do setor audiovisual. Estudamos as medidas adotadas por países como a França, o Canadá, a Austrália e a Coréia. Participamos de centenas de debates e reuniões. Estivemos com as emissoras de televisão, os cineastas, os distribuidores, os exibidores. Discutimos com especialistas. Levantamos os dados e consultamos os juristas.
Desde o princípio, procuramos construir a proposta de modo democrático e participativo. E em nenhum momento fizemos qualquer gesto que possa sugerir imposição. Ao contrário: o anteprojeto foi encaminhado, para debate e deliberação, a uma instância pública de controle social cham
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Resposta:
Segundo Gil, “a visão que o governo tem sobre a cultura é uma visão manifestada no tipo de menosprezo”. “É do modus operandi desse governo. Pertence a natureza dele e tudo isso foi anunciado antes que o governo se instalasse. Essa é a visão que eles possuem”, ressaltou o artista.
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