Português, perguntado por bellaalves35, 7 meses atrás

Qual é a relação entre santificar-se e ser
bem-sucedido?




éde religiao coloquei outra materia pq n achei a certa

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Respondido por anac64461
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Resposta:

Santificação é um processo progressivo e contínuo operado por Deus na vida daquele que foi regenerado, convertido e justificado. No processo da santificação o cristão é ensinado e moldado a viver cada vez mais para Cristo, numa vida de retidão conforme a vontade do Senhor. Assim também a santificação o leva a morrer dia após dia para o pecado.

Vivendo em santidade, o crente vence as tentações e as concupiscências de sua velha natureza. Através da santificação, nosso ser é mudado gradualmente. Desse modo somos habilitados a resistir aos hábitos e práticas pecaminosas da nossa carne e buscar diligentemente um modo de vida semelhante a Cristo.

Explicação:

Palavras como “santificação”, “santificar” e “santidade”, derivam do vocábulo latino sanctus, “santo”. Por sua vez, esse vocábulo geralmente traduz o termo hebraico qadash, “separado”, “consagrado”; e o termo grego hagiasmos, “consagração” e “purificação”.

O termo hebraico é utilizado no Antigo Testamento, aparecendo também como substantivo e adjetivo. Acredita-se que esse termo seja derivado de uma raiz hebraica que significa “separar” ou “cortar”.

Alguns também sugerem que existe outro aspecto no significado dessa raiz que transmite o sentido de “brilhar”. Se isto estiver correto, então esse termo tanto pode enfatizar a ideia bíblica de separação quanto à ideia de pureza. Seja como for, realmente ambas pertencem ao conceito de santidade.

Já o substantivo grego hagiasmos, e o verbo hagiazo, são os mais utilizados no Novo Testamento para se referir à santificação e santidade. Eles derivam do termo hagios, que também transmite a ideia de separação e consagração, assim como o termo hebraico empregado no Antigo Testamento.

De forma geral, quando tais termos são aplicados pelos autores bíblicos para se referir à santificação, o objetivo principal é enfatizar o sentido de separação das práticas pecaminosas. Mas ao mesmo tempo, também apontam para a ideia de consagração e dedicação ao serviço de Deus. Tudo isso resulta no princípio de viver aquilo que é justo e que está de acordo com a vontade divina.

Ao longo da História da Igreja, muito já se foi discutido sobre o conceito de justificação segundo a Bíblia, especialmente durante e após a Reforma Protestante. Algumas linhas teológicas afirmam que a santificação ocorre de uma única vez, especialmente por meio do sacramento do batismo.

Outras insistem em confundir a santificação com a regeneração e a própria justificação. Há também aquelas que defendem o perfeccionismo na santificação. Essas pessoas entendem que o cristão pode chegar, ainda nesta vida terrena, a um estado de plena santificação que se traduz em um tipo de perfeição onde ele não pecará mais.

Com tudo, o ensino que mais se mostra fiel às Escrituras é aquele adotado pelos reformadores. Nele, a santificação é vista como um processo progressivo e inacabado nesta vida terrena. Dentro deste conceito, a santificação então pode ser entendida em três aspectos:

Posicional: onde aquele que foi regenerado e justificado é visto por Deus como totalmente santificado em Cristo. Isto significa que ocorre uma separação instantânea e definitiva. Neste sentido, os cristãos são descritos na Bíblia como santos e perfeitos, mas isto não significa que eles estejam imunes ao pecado. Então essa verdade revela a santificação como um processo longo e inacabado durante esta vida.

Experimental: a santificação que tem seu início com a regeneração e encontra sua base judicial na justificação, desenvolve-se como um processo gradual durante toda a vida do cristão.

Final: a santificação só alcançará seu estado pleno e perfeito quando a velha natureza for finalmente removida dos redimidos. Isto acontecerá na glorificação, quando os salvos receberão seus corpos glorificados, semelhantes ao de Cristo.

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