Qual é a relação entre a taxa estadunidense de producão de graos com a brasileira?
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Resposta:
ExplicaçO grande aumento na produção de grãos no Brasil (superior a três vezes nas últimas quatro décadas) resultou da incorporação das áreas de cerrado e de outros biomas de transição, com a ocupação da Região Centro Oeste, de algumas franjas amazônicas e trechos especiais de Minas Gerais, da Bahia e de outros estados no Nordeste, com base em novas tecnologias de plantio e cultivo, notadamente as desenvolvidas pela EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.Mais...Foi um desenvolvimento agrário relativamente tardio em que pese o seu bom crescimento recente mesmo com as grandes deficiências infraestruturais que aumentam os custos de produção, que limitam ou prejudicam o transporte de grãos e que desestimulam o setor. Nos EUA, o processo é bem mais antigo, incluindo a farta distribuição de terras para os pretendentes a colonos nos territórios anexados, com base em módulos da ordem de 65 hectares conforme a política de ocupação estabelecida no “Homestead Act”, de 1862. A diferença é que, a partir dessa ação inicial de indução à ocupação dos novos territórios e de algumas outras intervenções subseqüentes (como os programas de irrigação e geração de energia conduzidos pelo US Bureau of Reclamation e outras agências púbicas), o governo norte-americano deixou as funções de interventor e de estimulador para voltar as suas ações para as tarefas típicas de Estado. Os próprios particulares e novos proprietários passaram a se articular diretamente com o empresariado, criando uma vinculação forte entre o agronegócio e a indústria (que se mantém e se expande até hoje). Foi quando apareceram os grande empreendedores (como Cornelius Vanderbilt, por exemplo, que implantou ferrovias, pontes, portos e linhas de navegação, facilitando o acesso aos novos focos de produção e o escoamento das safras). Em relação às ferrovias, impossível desconhecer as diferenças. Embora o Brasil tenha iniciado a implantação dos primeiros segmentos ferroviários ainda no Segundo Império, a sua expansão logo arrefeceu e, ao cabo, depois da centralização estatizante do setor, jamais conseguimos contar com uma malha de ferrovias abrangente e eficiente, enquanto nos EUA o problema já estava razoavelmente equacionado há cerca de 200 anos pela ação de empreendedores privados.