Qual é a relação do forno solar com a parábula?
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Resposta:
O forno solar é um tipo de forno descrito por Nicholas de Saussure por volta de 1770[1][2] e criado por Horace de Saussure em 1767.[3][4] É constituído de uma caixa com fundo preto e tampa de vidro, com abas refletoras.[3] O fundo preto absorve a luz solar e converte-a em radiação infravermelha, que não passa pela tampa de vidro, criando o efeito estufa.[3] Desta forma, possui a capacidade de atingir 150ºC, cozinhando qualquer alimento sem dificuldade.[3][5]
O cozimento dos alimentos leva, dependendo de suas características, de 2 a 6 horas neste equipamento.[6] Apesar da utilização de energia solar desde longa data, somente na década de 1990 é que intensificaram-se os estudos e desenvolvimento de tecnologias para cozinhas solares.[2]
É um aparelho eficaz de simples confecção e utilização, que traz muitos benefícios a quem o utiliza.[1] Apesar disto, não é uma tecnologia amplamente adotada por países em desenvolvimentos como o Brasil, mesmo com algumas tentativas de implementação.[1] Possíveis fatores responsáveis por isto são o preconceito, por considerá-lo um aparelho "feio e artesanal" para pessoas que não tem condições de ter um fogão convencional; a funcionalidade, que é muito diferente do que se tem por padrão social; e a própria falta de incentivo do governo, devido ao barateamento do gás de petróleo liquefeito.[1][7] Tem sido utilizados em regiões com carência de combustíveis, como Índia, China, Quênia, Afeganistão e Senegal.[3]
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a utilização do fogão solar por 30% da população brasileira reduziria anualmente a extração de lenha para cozimento de alimentos em 5.370.000 m³, uma quantidade significativa.[1] Um modelo simples construído com papelão, vidro e papel-alumínio é o bastante para atingir até 300ºC, dependendo da eficiência e vedação do equipamento.