Ed. Técnica, perguntado por lukap7056, 9 meses atrás

Qual é a relação da obesidade no mundo moderno com a realização da atividade física​

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Respondido por pequenalacerda8
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Resposta:

A atividade física já se consagrou como elemento indispensável na forma de vida do ser humano. Segundo Pellegrinotti (1998, p. 23) “a ciência moderna com seus métodos de investigações tem demonstrado que a atividade física ocupa um lugar de destaque na lista de hábitos sadios”. Mas foi somente após o início dos anos noventa que a atividade física foi reconhecida formalmente como fator que desempenha um papel essencial no aprimoramento da saúde e no controle de doenças.

Figueira Jr. e Rocha Ferreira (2000) consideram que a atividade física possui um grande aspecto associado à recuperação, manutenção e promoção da saúde populacional, levando a diferentes benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais.

Hoje, um dos problemas que mais são diagnosticados em virtude do sedentarismo é a obesidade. Entre as crianças, em especial, esse problema tem crescido nos últimos anos. Para Fisberg (1995, p.10) a obesidade pode ser considerada como “um acúmulo de tecido gorduroso, regionalizado ou em todo corpo, causado por doenças genéticas ou endócrino-metabólicas ou por alterações nutricionais”. A obesidade pode se classificar de dois tipos: endógena e exógena. A obesidade exógena ou nutricional reflete um excesso de gordura decorrente de um balanço positivo de energia entre a ingestão e o gasto calórico. Logo, esta é responsável por provavelmente 95% dos casos de obesidade. Os 5% restante seriam os chamados obesos endógenos.

Conforme McArdle, Katch e Katch (2008, p. 573) “quando a obesidade se instala no início, as probabilidades desta criança se tornar um adulto obeso são três vezes maiores que para as crianças que possuem uma quantidade normal de gordura corporal”. Logo, quanto mais cedo a criança iniciar uma atividade física, menores serão as chances de ela desenvolver outras doenças decorrentes do excesso de gordura, tais como infartos, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), problemas de colesterol alto etc. Leão (2013), aponta outros riscos para a saúde da criança obesa como: alterações ortopédicas, hipertensão arterial, distúrbios dermatológicos e respiratórios, aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos. Além disso, se a obesidade persistir na idade adulta, outras complicações podem surgir, como hérnias, varizes, coronariopatias, aterosclerose, etc.

“A principal causa da obesidade reside no excesso de comida, mas, se ela fosse verdadeiramente um distúrbio unitário, nesse caso, a maneira mais fácil de reduzi-la, permanentemente, consistiria em limitar a ingestão dos alimentos”. Com base nesses dados, notamos que um fator por si só não leva à obesidade, mas sim a interação entre eles.

Um grande número de evidências científicas tem demonstrado que o hábito da prática de exercícios se constitui não apenas como instrumento fundamental em programas voltados à promoção da saúde, mas, também, na reabilitação de determinadas patologias que atualmente contribuem para o aumento dos índices de morbidade e mortalidade.

É importante salientar que além do possível controle da obesidade e de outros fatores de riscos cardíacos, a atividade física pode otimizar o crescimento e o desenvolvimento da criança, melhorar sua função psicomotora associada com rendimentos na aprendizagem, a socialização no e pelo esporte com adoção de hábitos favoráveis.

Neste sentido, o presente artigo apresentará dados bibliográficos a partir de publicações de livros e artigos científicos especializados na área. O trabalho buscará, inicialmente, contextualizar a atividade física relacionada à promoção da saúde pública. Em segundo momento focaremos a obesidade infantil e apresentaremos, também, os seus malefícios, e os tipos de obesidade humana. Ao final, vamos propor formas de prevenção e tratamento da obesidade infantil por meio da prescrição de atividades físicas, prerrogativas dos profissionais da área de Educação Física.

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