Qual é a principal crítica que a obra M3x3 aborda?
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Resposta:
Analivia Cordeiro (São Paulo, São Paulo, 1954). Bailarina, coreógrafa, videoartista, arquiteta e pesquisadora corporal. Filha do artista Waldemar Cordeiro (1925-1973) e da geógrafa e pianista Helena Kohn Cordeiro (1928-1994), inicia sua formação em artes dentro de casa. Em 1962, começa seus estudos de dança com Maria Duschenes (1922-2014), com quem se forma no método Laban, dez anos depois. Em 1971, tem aulas com Albert Reid sobre a técnica de Merce Cunningham (1919-2009). Em 1973, concebe M 3x3, coreografia para vídeo, para um festival em Edimburgo, gravado com os recursos tecnológicos da TV Cultura de São Paulo. A obra é tida como inaugural da videoarte e videodança no Brasil.
Em 1976, tem aulas com Kelly Hogan sobre a técnica de Martha Graham (1894-1991), e gradua-se em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). Entre 1977 e 1998, reside em Nova York, onde frequenta aulas nos estúdios de Alvin Nikolais (1910/1912?-1993) e Merce Cunningham, formando-se em dança moderna norte-americana. Em 1980, cria um software de notação de movimento (Nota-Anna), tema de sua dissertação de mestrado em multimeios, defendida em 1996, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).1
Em 2001, cria o CD-ROM Waldemar Cordeiro, que traz biografia, fortuna crítica e cerca de 200 obras do artista, além de textos produzidos pelo próprio Waldemar Cordeiro. Forma-se em Eutonia, no mesmo ano, pela Associação Brasileira de Eutonia. Em 2004, conclui o doutorado em comunicação e semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), com a tese Buscando a Ciber-harmonia: Um Diálogo entre a Consciência Corporal e os Meios Eletrônicos. No mesmo ano, cria o Método para Treino e Consciência Corporal por Mídia Eletrônica. Entre 2005 e 2008, desenvolve trabalhos cinético-digitais e videodanças. Em 2009, realiza Alegria de ler, uma proposta de alfabetização por meio de celular. Em 2011, participa do projeto Zona de Contato, que trata de diálogos possíveis entre linguagens da arte contemporânea.
Análise da trajetória
O trabalho de Analívia Cordeiro insere-se nas relações entre dança, mídias eletrônicas (computer dance) e videoarte. É uma das pioneiras mundiais na expressão dessas relações, e precursora da videoarte no Brasil.
A obra da artista, segundo o crítico Arlindo Machado (1949), é pautada por duas investigações: “a relação do corpo com seu entorno e o gesto como forma expressiva primordial do homem, [...] o que resume na idéia de embodiment”.2 Embodiment é o entendimento do corpo em seu aspecto fisiológico, e como “interface entre o sujeito, a cultura e a natureza”. Assim, sua pesquisa está orientada para os possíveis significados do binômio orgânico/artificial, no que concerne à expressão do corpo.
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