Ed. Física, perguntado por eduardohenriqu162, 10 meses atrás

Qual é a orientação para as pessoas que tomam os remédios controlados foi a criação médica na prática dos exercícios físicos​

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Respondido por mychael73
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Resposta:

Ainda que pareçam inofensivos, alguns remédios como antidepressivos, analgésicos e betabloqueadores podem arruinar o desempenho de uma pessoa durante a prática dos exercícios por consequência dos efeitos colaterais, como a hipotensão arterial postural.

Praticar exercícios físicos é importante para perder peso, garantir uma qualidade de vida melhor e ainda prevenir doenças. Entretanto, além dos cuidados com a alimentação, os praticantes precisam ficar atentos à ingestão de remédios antes das atividades físicas.

Esse problema corresponde a uma queda brusca da pressão arterial quando o indivíduo se põe de pé, como explica Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE): “A hipotensão provoca tonturas, visão escurecida, náuseas e vômitos, sonolência e até mesmo dores musculares”.

No organismo os medicamentos liberam ou transformam substâncias que têm um determinado efeito em cada tecido. Consequentemente afetam vários órgãos e sistemas do corpo. Porém, de acordo com a clínica geral Lila Valente, da Clinic Med, esses efeitos não ocorrem no organismo de todas as pessoas. Ou seja, apenas um pequeno percentual desses usuários é atingido.

“Alguns medicamentos retardam ou aceleram o metabolismo quando tomados momentos antes das atividades. Isso dependerá da via de absorção e eliminação”, diz ela. “Os antidepressivos, na maioria das vezes, agem aumentando os níveis de serotonina. Isso prejudica a prática de exercícios aeróbicos, porque aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial”, complementa.

Para as pessoas que tomam remédios controlados por prescrição médica, Lila orienta que os cuidados com a hidratação é fundamental para inibir os efeitos. Sendo assim, a pessoa precisa ingerir entre dois litros e meio a três litros e meio de líquido hipocalórico por dia, como água e sucos. “Deve haver um bom controle na ingestão do sódio (sal) e no consumo excessivo de açúcares (carboidratos simples). Em suma, manter as devidas proporções entre os macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) de acordo a modalidade de atividade física”, relata.

Acompanhe a lista dos remédios e seus efeitos nas atividades físicas:

Anti-histamínicos: são medicamentos utilizados para tratar alergias respiratórias como rinite e alergias de pele (urticária e dermatite de contato). Quando consumidos antes da prática, prejudicam o reflexo e causam sonolência. “Devem ser ingeridos duas horas antes das atividades para não sofrer interferência metabólica”, explica Lila Valente.

Betabloqueadores: usados no tratamento de hipertensos, fazem o coração bater mais devagar durante os exercícios. “Isso acarreta uma diminuição da quantidade de sangue bombeada por minuto para os músculos que estão se exercitando, fazendo com que o processo de fadiga muscular ocorra mais rapidamente”, comenta o presidente da SBMEE.

Antidepressivos: usados para melhorar o humor e, consequentemente, trazer uma sensação de conforto emocional para pessoas com depressão, deixam a boca seca, efeito que pode piorar durante a performance de um exercício. “Também causam dores de cabeça em cerca de 18 a 20% das pessoas que utilizam. Além de aumentar a frequência cardíaca e da pressão arterial, causam desconforto gastrointestinal, insônia e cefaleia”, informa Lila Valente.

Analgésicos: são utilizados para aliviar a dor de uma região do corpo sem amortecer os sentidos. “Inibe a percepção da dor pelo cérebro, sem necessariamente atacar o foco do problema. Causam sonolência e diminuição dos batimentos cardíacos”, alerta Jomar Souza.

Analgésicos narcóticos: também conhecidos como opióides, diminuem os batimentos cardíacos e a pressão arterial, deprimem os centros respiratórios e podem levar até a paradas cardíacas. “Cabe aqui uma informação importantíssima: nenhum tratamento deve ser interrompido nem modificado sem o conhecimento do médico que prescreveu os medicamentos”, orientou Souza.

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