Qual é a intenção do autor ao usar a palavra “bicho”?
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Manuel Bandeira)
Soluções para a tarefa
Resposta:
a história é mesmo sobre um lixo
O trecho do poema "O Bicho" expressa o choque com a situação, pois “[...] O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem".
A obra de Bandeira é uma crítica à racionalidade humana e à sua superioridade em relação aos demais animais. O poeta entende e escreve, de modo subjetivo, que o homem pode ser pior que até o animal mais feroz que existe.
Manuel Bandeira, autor modernista brasileiro, nasceu em 1886, em Recife, e morreu em 1968, aos 82 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro, vítima de tuberculose.
Ainda jovem, dedicou-se aos escritos e à poesia, escrevendo para os jornais locais. A primeira obra publicada por Bandeira foi no ano de 1917, sendo influenciado por movimentos literários, como: o Parnasianismo e o Simbolismo.
O poeta participou da Semana de Arte Moderna, em 1922, e apresentou seu famosíssimo poema "Os Sapos", onde criticava os métodos clássicos de se "fazer" poesia.
Além de docente, Manuel Bandeira foi nomeado membro da Academia Brasileira de Letras, tendo seu enfoque artístico direcionado à prosa, à crônica e a obras onde a memória era seu tema principal.
Três obras de Bandeira são: Estrela da Manhã (1936), Autoria das Cartas Chilenas (1940) e Libertinagem (1930).
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