Geografia, perguntado por erivaldoferreiracome, 8 meses atrás

qual é a importancia, do ritmo, movimento e musica no rap e funk​


aicarde: bom
aicarde: e facil

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Respondido por aicarde
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Nos últimos anos, e de forma cada vez mais intensa, podemos observar que os jovens vêm lançando mão da dimensão simbólica como a principal e mais visível forma de comunicação, expressa nos comportamentos e atitudes pelos quais se posicionam diante de si mesmos e da sociedade. É possível constatar esse fenômeno nas ruas, nas escolas ou nos espaços de agregação juvenil, onde os jovens se reúnem em torno de diferentes expressões culturais, como a música, a dança, o teatro, entre outras, e tornam visíveis, através do corpo, das roupas e de comportamentos próprios, as diferentes formas de se expressar e de se colocar diante do mundo.

O mundo da cultura aparece como um espaço privilegiado de práticas, representações, símbolos e rituais no qual os jovens buscam demarcar uma identidade juvenil. Longe dos olhares dos pais, professores ou patrões, assumem um papel de protagonistas, atuando de alguma forma sobre o seu meio, construindo um determinado olhar sobre si mesmos e sobre o mundo que os cerca. Nesse contexto, a música é a atividade que mais os envolve e os mobiliza. Muitos deles deixam de ser simples fruidores e passam também a ser produtores, formando grupos musicais das mais diversas tendências, compondo, apresentando-se em festas e eventos, criando novas formas de mobilizar os recursos culturais da sociedade atual além da lógica estreita do mercado.

Esse processo não está presente apenas entre os jovens de classe média. Nas periferias constatamos uma efervescência cultural protagonizada por parcelas dos setores juvenis. Ao contrário da imagem socialmente criada a respeito dos jovens pobres, quase sempre asso-ciada à violência e à marginalidade, eles também se posicionam como produtores culturais.1 Entre eles, a música é o produto cultural mais consumido e em torno dela criam seus grupos musicais de estilos diversos, dentre eles o rap e o funk. Nesses grupos estabelecem trocas, experimentam, divertem-se, produzem, sonham, enfim, vivem determinado modo de ser jovem.

Autores como Mannheim (1982) ou Melucci (1994) recomendam que devemos estar atentos às expressões juvenis, pois estas podem ser a ponta de um iceberg, que torna visíveis as tensões e contradições da sociedade em que vivem. Se seguimos essa orientação, cabe-nos perguntar: O que pode estar significando esse fenômeno? Será que é apenas uma moda passageira, como tantas outras patrocinadas pela indústria cultural? Ou pode estar nos dizendo sobre novos modos de ser jovem neste inicio de século ou mesmo apontando para novas formas de socialização vivenciadas por eles?

A nossa hipótese é de que a centralidade do consumo e a da produção cultural para os jovens são sinais de novos espaços, de novos tempos e de novas formas de sua produção/formação como atores sociais. Ou seja, apontam para novas formas de socialização, nas quais os grupos culturais e a sociabilidade que produzem vêm ocupando um lugar central. É o que nos propomos discutir neste texto. Interessa-nos apreender os significados que os jovens atribuem à experiência de participação nos grupos musicais, buscando compreender os sentidos que adquirem no processo de construção social de cada um deles. Para tanto, tomaremos como objeto de análise jovens da periferia de Belo Horizonte que participam de grupos musicais ligados aos estilos rap e funk.2 Iniciaremos com uma discussão sobre a noção de socialização, seguida por uma contextualização social dos jovens pesquisados. Com esse pano de fundo, desenvolveremos uma análise dos estilos rap e funk e os significados que adquirem para os jovens.

Respondido por davizinunuowo
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ve a resposta do cara ai, obg pelos pontos :)

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