Qual é a importância da região Sul, fazer fronteira com a Argentina, Paraguai e Uruguai? *
Soluções para a tarefa
Explicação:
O Brasil possui uma fronteira de cerca de 3.700 km com os demais países do Mercosul (atualmente Argentina, Paraguai e Uruguai), ao longo da qual atividades econômicas, políticas e sociais são diariamente realizadas: pessoas que trabalham ou estudam no “outro lado” da fronteira; turistas que visitam o país vizinho; caminhões que atravessam a fronteira transportando mercadorias; policiais e demais funcionários dos respectivos governos que controlam as entradas e saídas dos territórios nacionais; entre outras. Desta forma, como ponto de encontro entre territórios de Estados soberanos, as políticas públicas para as áreas de fronteira devem estar, na medida do possível, adaptadas às particularidades locais. Devido à esta questão, as ações de governo que envolvem estas áreas devem ser pensadas e executadas de forma conjunta pelas autoridades dos países vizinhos, envolvendo tanto os governos centrais quanto os locais; caso contrário, problemas que ocorrem em um lado da fronteira poderão transbordar para o outro (problemas ambientais ou de criminalidade, por exemplo). Ainda que tal transbordamento não ocorra, ações de governo planejadas de forma conjunta podem se mostrar mais eficientes, acarretando custos mais baixos e tempo mais reduzido do que seriam praticados caso fossem feitas ações de forma individual (controles sobre a entrada e saída de cargas do território nacional, por exemplo). Além disso, espaços que permitam o diálogo transfronteiriço podem ser úteis para que soluções encontradas por um país sejam repassadas para o país vizinho e vice-versa (programas de prevenção de AIDS, por exemplo). O Mercosul possui alguns espaços que lidam com a temática fronteiriça, como: o Grupo Ad Hoc sobre Integração Fronteiriça (GAHIF); o Foro Consultivo de Municípios, Estados Federados, Províncias e Departamentos do Mercosul (FCCR); e o Grupo de Trabalho de Integração Fronteiriça. Mas qual tem sido o desempenho destas instituições? Quais os principais obstáculos que enfrentam quando tratam da temática fronteiriça? De que forma se pode avançar na busca de soluções para os problemas enfrentados nas regiões de fronteira? O objetivo desta linha de pesquisa é responder a estas e outras questões, buscando, para tanto, o diálogo com instituições que, de alguma forma, lidam com a temática fronteiriça em suas dimensões econômica, social e política.