Qual é a importância da música gaúcha para nós que morando no Rio Grande do Sul?
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Resposta:
Ao falar de música gaúcha, é necessário delimitar alguns termos que geralmente são usados de forma indistinta, mas referem-se a recortes da cultura popular folclórica do sul do Brasil e além de suas fronteiras, englobando também o Uruguai, Paraguai e Argentina.
Destacam-se, especialmente, a Música Nativista e a Música Tradicionalista.
A Música Nativista surge do movimento Nativista que nada mais que uma busca pela valorização da cultura de um lugar, em reação à imposição ou influência de uma cultura externa, em geral dominante. Na música nativista se destacam características que são comuns aos países da região Sul da América Latina: Paraguai, Uruguai e Argentina com os quais o Rio Grande do Sul manteve um intenso contato e intercâmbio assim como prolongados conflitos.O nativismo faz-se sentir especialmente na história dos povos ou grupos que foram colonizados e sentem que a cultura dominante se opõe ou sufoca a sua própria identidade . esses povos passam então a atuar para afirmar a sua identidade, inclusive pela via da violência (ver Movimento Nativista, muitas vezes através de revoltas e motins. Esse processo pode culminar na emancipação desse povo ou grupo ou na completa aculturação quando a cultura dominante acaba sufocando ou absorvendo e integrando os traços característicos da cultura nativa que desaparece (como acontece gradualmente com os povos indígenas) ou se torna uma faceta da cultura dominante, no caso de uma cultura nacional formada de várias nacionalidades precedentes.
Na história do sul do País, na região que hoje comprende especialmente o Rio Grande do Sul mas também pode abarcar do ponto de vista cultural Santa Catarina e porções do estado do Paraná, sempre houve uma poderosa resistência contra a incorporação da região a um projeto nacional englobando todo o Brasil.
As raízes da oposição local a projeto nacional brasileiro são diversas e se articulam de forma complexa. Podemos apontar as rivalidades políticas entre os líderes locais (conhecidos como caudilhos que gozavam de um poder e autonomia comparável à de chefes de estado ou senhores feudais) e os representantes políticos de outras regiões do País que buscavam um modelo centralista baseado no Rio de Janeiro com um eixo que se estendia no sentido dos estados do Nordeste como as sedes tradicionais do Brasil Colônia.
Também podemos citar diferenças econômicas que derivaram da modalidade econômica local de pecuária extensiva com a criação de gado, que exigia uma pequena mão de obra com alta autonomia e mobilidade, em oposição à modalidade de exploração econômica vigente na região sudeste e nordeste especialmente baseada na plantation, conformada por grandes plantações que exigiam muita mão de obra e levaram à importação de uma massa de trabalhadores que conformaram a população escrava.
Além disso, devemos apontar a composição étnica da região, majoritariamente formada por imigrantes voluntários que puderam preservar as suas tradições ao mesmo tempo em que se transformavam no seu novo lar, em contato com os vizinhos: as colônias espanholas ao sul (que contribuiriam com o acervo linguístico e acrescentando a rivalidade com o norte em razão de conflitos de fronteiras; e a população nativa em declínio, os indígenas que também contribuiram com seu acervo linguístico e com o conhecimento da terra e seus produtos entre os quais se destaca um elemento característico da região e um dos símbolos de sua identidade: o chimarrão.
Então, resultado tanto da modalidade econômica que exigia pouca mão de obra e alta mobilidade para cobrir o território das estâncias que podiam ter o tamanho de estados inteiros e também como à origem da população imigrante majoritariamente do leste europeu e germânica que traziam valores e tradições muito diferentes dos primeiros colonos portugueses. Surge assim, uma nova cultura que mistura e sintetiza tudo isso adicionando uma atitude bravia e inquieta.
Reforçando isso, soma-se a situação de conflito permanente contra os vizinhos, Uruguai e Argentina, principalmente por questões limítrofes mas também como parte do tabuleiro geopolítico dos Impérios Português e Espanhol, com interferências do Império Britânico, em razão dos quais os gaúchos eram constantemente mobilizados para defender interesses que em grande medida lhes eram indiferentes ou contraproducentes, que fizeram crescer a sensação de identidade diferenciada das terras ao norte, distantes e alheias a seus problemas.
A Música Nativista é o gênero mais representativo da identidade da Região Sul e é reconhecível além dos limites nacionais sendo típico da Argentina, Uruguai, Paraguai e extremo sul do Brasil), enfatiza o amor pelas tradições representado pelo ente folclórico denominado Gaúcho, o Campo, o Cavalo, os valores, a culinária regional e a Mulher.
A música nativista é lenta e intimista Seus maiores representantes foram Teixeirinha, José Mendes e Gildo de Freitas.
Explicação:
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