Sociologia, perguntado por Fantallystic, 1 ano atrás

Qual é a FUNÇÃO SOCIAL da LEITURA?

Preciso de um texto com INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO COM AS FONTES DE PESQUISA.

Soluções para a tarefa

Respondido por ISABELLAGM17
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Uma sociedade abatida, culturalmente e socialmente, sem herança de valores. Um povo pacato, discriminado pela falta de oportunidades e mantido sob domínio de poucos privilegiados. 
A discriminação continua sendo pauta de extensos debates políticos e educacionais, mas sem retorno eficaz na solução do problema.
Mede-se a grandeza de uma sociedade, não pelos bens matérias que a mesma possui, mas pelo valor cultural e social de seu povo. "A pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo". Olavo Bilac, expressa muito bem isso em um de seus pensamentos poéticos sobre a sociedade. O que temos de mais valioso é a nossa cultura, nossas raízes ideológicas, nossas formas de expressão, nossa identidade. Transformando assim, o povo em verdadeiros cidadãos, exigindo seus direitos, ao mesmo tempo em que cumprem com seus deveres, de forma natural.
A única medida capaz de engrandecer nosso povo é a transformação social através de uma educação de qualidade com garantia de igualdade, diminuindo assim as diferenças e a discriminação social e cultural.
Refletindo sobre isso, vamos conjeturar e tecer opiniões sobre os acertos e falhas da educação, baseando-se em estudos teóricos e a prática vivida no meio escolar.
Para lapidarmos melhor o tema a ser discorrido, vamos nos fixar nas dificuldades encontradas nos anos iniciais do Ensino Fundamental, como se observa nos dados retirados da Revista Escola do mês de janeiro/fevereiro de 2011: 

Os dados mais recentes do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado em 2009 pelo Instituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, expressam uma realidade absurda. De acordo com o índice, quatro em cada dez brasileiros que cursaram até a 4ª série e hoje tem entre 15 e 24 anos de idade não conseguem compreender nada além de um pequeno bilhete ou anúncio. Um fracasso que em grande medida, tem como responsável uma concepção de ensino inadequada, que predominou em sala de aula durante boa parte do século passado. Ao voltar suas baterias quase exclusivamente para as atividades de cópia e memorização das famílias silábicas, professores reduziram a alfabetização a uma atividade de decifração em que ler era decorar sílabas, e repeti-las à exaustão. Havia um problema grave sobre o que se ensinava, pois a escrita era abordada sem seu aspecto comunicativo. (P. 51)

A revista aborda o assunto, se referindo a um tempo passado, desconsiderando a atualidade. Conhecedores da realidade escolar, percebemos que esses problemas ainda estão presentes em muitas salas de aula do nosso país. Apesar das inúmeras inovações tecnológicas, da crescente preocupação política com a educação, além de novidades e descobertas científicas no campo educacional, trazendo segurança teórica, a escola, muitas vezes, se recusa a abrir as portas para os novos paradigmas da educação.
Na lista de culpados do fracasso da educação, estão desde os próprios alunos, até a inexistência de políticas públicas adequadas ao ensino. Mas não estamos buscando culpados ou inocentes, estamos refletindo e buscando soluções para melhorar a sociedade a partir da educação. Acredita-se que um dos problemas principais está nas séries inicias do ensino fundamental, mais especificamente na alfabetização, onde os alunos iniciam sua vida escolar e dela depende o seu sucesso ou o seu fracasso na sociedade. Portanto, é neste tema que faremos nossa caminhada. Onde falaremos sobre a alfabetização, não somente de crianças, mas de jovens e adultos que não tiveram acesso a ela em idade própria.
Refletiremos principalmente sobre as teorias de Emilia Ferreiro e as práticas e métodos de alfabetização e letramento desde o século passado até os dias atuais, expandindo o conhecimento e refletindo os acertos e erros.


1 A alfabetização no Brasil
Até o fim do século XIX, a leitura e a escrita eram práticas culturais de aprendizagem para uma minoria. Aprendia-se ler e escrever sem método específico e sem profissionais especializados, em ambientes não formais ou em algumas poucas escolas precárias, chamadas como "aulas régias". Com a proclamação da República (1889), surgiu a necessidade de modernizar o país, e a escola tornou-se pública. A universalização da educação, e o direito de aprender a ler e a escrever como forma de ingressar na sociedade e tornar-se cidadão, passaram a ter importância para o desenvolvimento do Brasil. Com isso, o ensino iniciou sua trajetória educacional em caráter formal. Aprendia-se ler e escrever com cartilhas através de métodos sintéticos (silabação, soletração e fônico), iniciando-se das partes ou sílabas das palavras para o todo.
Anexos:
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