História, perguntado por gagabriela84, 8 meses atrás

Qual é a eucaristia da religião calvinista??

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Respondido por cecilia2008falco
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Resposta:

Com sua clareza e objetividade características, Calvino começa sua extensa discussão sobre os sacramentos nas Institutas oferecendo duas definições do que ele entende ser um sacramento.

Primeiro, devemos considerar o que um sacramento é. Parece-me que uma definição simples e própria seria dizer que é um sinal exterior pelo qual o Senhor sela, em nossas consciências, as promessas da sua boa vontade a nosso respeito de modo a sustentar a fraqueza da nossa fé; e nós, por outro lado, atestamos nossa piedade em relação a ele, na presença do Senhor e de seus anjos e diante dos homens. Aqui está uma outra definição mais breve: pode-se chamá-lo de um testemunho da graça divina a nosso respeito, confirmada através de um sinal exterior, com atestado mútuo da nossa piedade em relação a ele. (Institutas 4.14.1)

Ao desenvolver seus pontos de vista sobre os sacramentos, Calvino está procurando evitar as posições católico-romana e luterana, por um lado, e as teorias zuingliana e anabatista de outro.

Contra Zuínglio e os anabatistas, Calvino argumenta que os sacramentos são, de fato, eficazes. Negar tal eficácia, com base em que eles podem ser recebidos tanto por descrentes, quanto pelos fiéis, faria tanto sentido quanto negar o poder da Palavra, porque alguns a ouvem e não atentam para ela. Quanto ao argumento de que a fé é um dom do Espírito, e que os sacramentos, portanto, não fortalecem, nem a aumentam, aqueles que assim argumentam devem compreender que é precisamente o Espírito que torna os sacramentos eficazes. Além disso, aqui novamente pode-se traçar um paralelo entre os sacramentos e a Palavra, pois a última não é eficaz exceto por meio da ação do Espírito. Aqueles que reivindicam que os sacramentos são meros símbolos consideram como primário o que é de fato secundário; pois, conquanto seja verdade que um dos propósitos dos sacramentos é de servir como testemunhos diante do mundo, também é verdade que esta é apenas uma função secundária, e que seu propósito primário é servir e fortificar a fé do participante.

Por outro lado, aqueles que reivindicam que os sacramentos têm o poder de justificar e conceder graça também estão enganados. Seu engano consiste em confundir a "figura" do sacramento com a "verdade" contida nele. "Pois a distinção significa não somente que a figura e a verdade estão contidas no sacramento, mas que elas não estão tão ligadas que não possam ser separadas; e que, mesmo na própria união, a matéria deve ser sempre distinguida do sinal, que nós não podemos transferir para uma o que pertence à outra". Tal confusão leva para a superstição, que consiste em colocar a fé no que não é Deus. Isto perverte a própria natureza do sacramento, cujo propósito é precisamente excluir qualquer outra reivindicação à justificação, e focar a fé em Jesus Cristo. De fato, o próprio Cristo é a verdadeira substância de todos os sacramentos, pois ele é a fonte de sua força, e eles não prometem, nem concedem, nada senão ele. Os sacramentos

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