Qual é a diferença entre o Muquifu e os museus tradicionais?
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Resposta:
Diante de uma sociedade discriminatória - em que se elegem patrões e eliminam-se trabalhadores, que expurga dos grandes centros para as periferias os ditos indignos - o Museu dos Quilombos é um grito dos excluídos. A frase “onde nossa história tem valor” é de Lourdinha Lima, cuidadora de idosos e moradora do Morro do Papagaio.
Essa frase, que é também um grito, não é apenas emitida da periferia. É um grito emitido por uma mulher, portanto carrega no colo uma herança cultural machista e misógina, que a coloca como inferior. Lourdinha, além de ser mulher, é negra. E ser negra é escutar ainda hoje o som estridente do chicote que ecoa do centro para a periferia, é ser sabotada, é ser a malandrinha que nasceu para o trabalho duro. É também ser do samba, do quilombo e ser do Muquifu. É por essas e outras determinações que a história da mulher, do negro, do indígena se torna história de valor, de resistência e de luta.
A arte é manifestação do espírito aguerrido de um povo
É neste sentido que o “Museu Muquifu” é um espaço de valorização de uma história condenada pela sociedade.
Enquanto o museu é uma casa de criação onde se preserva a memória de uma cidade, de um país, de uma pessoa, enfim é o lugar de histórias interessantes que nos faz viajar no tempo. Mas, apesar de contar histórias que já aconteceram, o Museu é o lugar para pensarmos o presente e refletirmos sobre o nosso tempo.