Qual é a atual situação demográfica da Europa??
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Portugal não se encontra isento desta crise demográfica e social; pelo contrário, os indicadores destas áreas mostram que, em Portugal, a crise é especialmente grave e que são necessárias medidas urgentes e contundentes por forma a corrigir uma situação atípica e altamente preocupante. O escasso dinamismo demográfico em praticamente todos os países da Europa (baixíssima natalidade; exígua nupcialidade; aumento da mortalidade; crescimento natural estanque; falta de renovação de gerações), faz-se sentir, mais do que em qualquer outro âmbito demográfico, na esfera da estrutura populacional, isto é, na estrutura e na configuração populacional, de acordo com os componentes individuais que caracterizam essa população – homens, mulheres, crianças, jovens, adultos, idosos -, e nas suas componentes colectivas mais significativas e representativas – família, grupos primários e secundários, classes sociais e comunidades, que se encontram num país num determinado momento. Nos países envelhecidos da Europa do Sul (globalmente, com mais de 15% de população com mais de 65 anos e número de jovens em declínio), os índices de dependência (relação entre população activa e passiva) vão aumentando por causa deste desequilíbrio nas suas estruturas demográficas. Isto traz repercussões dramáticas, que vão desde as excessivas deduções para a segurança social, de forma a garantir as pensões e a disponibilidade de outros serviços sociais a toda a população, a sérios desequilíbrios nas estruturas de produção e consumo, assim como as ramificações nas áreas sociais e económicas que possuem uma estreita ligação com a idade, como são, por exemplo, o emprego, a educação, a habitação e os cuidados de saúde. Efeitos negativos Neste sentido, a lista de efeitos negativos que derivam de uma situação de elevada dependência, como a que está a ocorrer em todo o mundo ocidental, especialmente na Europa (e muito especialmente nos países da Europa meridional, os países mais envelhecidos do mundo), é muito extensa: diminuição do número de pessoas que compõem a população activa; envelhecimento progressivo dessa mesma população activa; desequilíbrios que obrigam a alterações nas políticas de reforma; desequilíbrios no investimento e poupança a nível colectivo e familiar; diminuição do rendimento familiar disponível; aumento dos gastos em saúde; subutilização e redundância no sector da educação; primazia dos valores conservadores na política; desequilíbrios nas estruturas familiares; aumento da problemática de socialização intergeracional; fragilização das relações primárias de apoio; possível quebra do sistema de Segurança Social.