Qual é a área do intemperismo fisico?
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O intemperismo é físico quando as rochas sofrem desintegração por ação mecânica. Uma estrutura rochosa exposta a variação de temperatura – calor e frio – sofrerá expansão e retração nos seus constituintes minerais. Após um período relativo de exposição, começará a desagregação da rocha.
O mesmo poderá ocorrer em regiões onde há congelamento de água. Ela penetra pelos poros das rochas, congela e expande-se, forçando suas paredes, desintegrando-as. As raízes das plantas e os micro-organismos animais que penetram nas rochas também forçam a sua desagregação por ação mecânica. O intemperismo físico é mais intenso nas regiões desérticas, nas regiões polares e de altas montanhas.
O intemperismo refere-se às alterações físicas e químicas a que estão sujeitas as rochas e minerais na superfície da Terra. Diferente de erosão, que consiste no transporte de partículas e matéria, o intemperismo é a quebra e alteração de materiais nas proximidades da superfície para produtos que estão mais em equilíbrio com as novas condições físicas e químicas impostas.
O gráfico abaixo compara precipitação, temperatura e intemperismo na superfície terrestre. É possível observar que a média de precipitação está diretamente relacionada à temperatura, criando com isso características do mando de intemperismo, diferenciado de acordo com determinadas regiões climáticas.
O intemperismo físico é a desagregação da rocha transformando-a em material descontínuo e friável. Abaixo, seguem-se alguns dos fatores que influenciam o intemperismo físico:
Expansão térmica e pressão
A variação de temperatura produzida pela insolação durante o dia e pelo resfriamento noturno desempenha papel importante na desintegração das rochas, principalmente em regiões áridas ou semi-áridas. As rochas fragmentam-se em partículas granulares ou em escamas de tamanhos variados, dependendo das características litológicas e da intensidade do fenômeno.
Rochas escuras em climas desérticos podem alcançar temperaturas de até 80°C, com amplitudes (variações) de até 50°C. As diferenças nos coeficientes de dilatação térmica dos minerais provoca deslocamento entre os cristais.
Congelamento da água (térmica/pressão)
As grandes alternâncias de temperaturas diárias nas regiões frias e temperadas, acompanhadas de congelamento e descongelamento, são também muito eficazes na desagregação das rochas.
As rochas são desintegradas, sendo seus materiais mais suscetíveis reduzidos a pó. Este material muito fino é posteriormente transportado pelos ventos, dando origem aos depósitos de "loess", um sedimento fértil de coloração amarela.
As rochas desagregadas por sucessivos congelamentos e descongelamentos da água nos poros, fendas ou diáclases foram submetidas a um processo denominado de cunha de congelamento.
Crescimento de cristais
O crescimento de cristais nos interstícios, fissuras ou fendas favorece a desintegração das rochas. O crescimento desses cristais nas rochas fraturadas provoca uma pressão e, consequentemente, o alargamento das fraturas. Este tipo de processo é de importância local.
A ação de cristalização de sais verifica-se também na região semi-árida do Nordeste, onde ocorrem eflorescência de salitre (KNO) e cloreto de sódio (NaCl), entre outras substâncias salinas.
Abrasão mecânica
As rochas podem desgastar-se pela abrasão mecânica, seja pela fricção, quando desliza sobre outra, ou pelo impacto de grãos transportados contra o substrato. Abrasão é o processo físico de friccionamento, polimento ou raspagem pelo qual as partículas de rocha (geralmente microscópicas) são erodidas pela fricção da água corrente, ondas, correntes marinhas, vento, geleiras, etc.
O produto resultante da ação abrasiva é constituído por material síltico ou argiloso. A abrasão eólica é mais frequente nos desertos. Na ação fluvial, o aprofundamento do leito do rio em substrato rochoso duro faz-se, em grande parte, pelo atrito mecânico, principalmente através do impacto de fenoclastos (seixos e blocos).
A abrasão da água tende a originar superfícies em formas de marmitas, bem como seixos e blocos arredondados. Os fenoclastos submetidos à ação fluvial tendem a se tornar esféricos. Nas praias, a abrasão atua principalmente num dos lados da superfície dos blocos, o que os torna bastante achatados, tendendo a forma discoide.
Na abrasão glacial, os fenoclastos transportados pelas geleiras, em contato com o substrato rochoso, tendem a adquirir superfícies planas e estriadas, recebendo o nome de blocos ou seixos facetados.
Os fenoclastos expostos no pavimento detrítico desértico, pela ação da abrasão eólica, tendem a desenvolver uma ou mais faces aplainadas ligeiramente côncavas e, frequentemente, muito polidas, orientadas de acordo com os ventos predominantes.