Qual dos argumentos abaixo não caracteriza a crítica feita pela Escola de Frankfurt à razão ocidental?
Grupo de escolhas da pergunta
Para os filósofos da Escola de Frankfurt, principalmente para Adorno e Horkheimer, há uma implicação paradoxal da razão ocidental e do mito: o próprio mito já é razão e a razão volta a ser mitologia da modernidade burguesa, isto é, se o mito se baseia na imitação dos fenômenos naturais, a ciência moderna substitui a mimese pelo princípio de identidade.
Segundo os filósofos da Escola de Frankfurt, a racionalidade moderna deve contrapor ao irracionalismo inerente a sua própria constituição, uma visão instrumental da razão, na tentativa de adequar meios e fins. Para esses filósofos, a razão deve observar e normatizar, calcular, classificar e dominar a natureza, controlando as incoerências, injustiças e os acasos da vida.
A racionalidade ocidental configura-se, na crítica feita pela Escola de Frankfurt, como razão de dominação e controle da natureza exterior e interior. Ao separar sujeito e objeto, corpo e alma, natureza e cultura, destitui o indivíduo de seu aspecto empírico e singular, transformando-o em um autômato.
A Escola de Frankfurt confronta-se com a questão da autodestruição da razão, examinando o acasalar de razão e barbárie na história, comprometendo-se, assim, a pensar como é que a razão humana pôde entrar em um conflito tão radical consigo própria.
Para a Escola de Frankfurt, a racionalidade moderna adota a mesma atitude com relação aos objetos que o ditador em relação aos homens: conhece-os para melhor os dominar. A crítica desses filósofos se dirigiu a um tipo de saber que quer ser sinônimo de poder, e que tem a técnica como sua essência.
Soluções para a tarefa
Resposta:
C. Segundo os filósofos da Escola de Frankfurt, a racionalidade moderna deve contrapor ao irracionalismo inerente a sua própria constituição, uma visão instrumental da razão, na tentativa de adequar meios e fins. Para esses filósofos, a razão deve observar e normatizar, calcular, classificar e dominar a natureza, controlando as incoerências, injustiças e os acasos da vida.
A Escola de Frankfurt não defendia o uso instrumental da razão (C).
Na obra intitulada "Dialética do Iluminismo", também traduzida como "Dialética do Esclarecimento", Adorno e Horkheimer, filósofos da Escola de Frankfurt, teorizaram sobre o conceito de Indústria Cultural, embora apresentando teses distintas sobre o assunto.
Os pensadores, em pleno século XX, cunharam a "crise da razão humana", pois, para eles, o cenário de guerras não representava o homem segundo a sua racionalidade.
A razão humana, durante toda a Filosofia, era sinônimo do agir correto, do limite quanto às paixões, do dever ético. Porém, o contexto mostra que a razão humana é falha e foi manipulada socialmente para o mal.
Theodor Adorno contrapõe "indústria cultural" e "cultura de massa". Para ele, "indústria cultural" é um bem cultural apropriado pelo sistema capitalista, fazendo com que o povo consuma a arte capitalista sem consciência de que seu gosto está sendo coisificado e massificado, a fim de ser ponte para o lucro do empreendimento capitalista.
A partir do processo de mercantilização da cultura, não há cultura de massa, ou seja, cultura própria do povo. O que existe são culturas em formatos de bens que são usadas para enriquecimento da classe elitizada e a arte, uma ferramenta de manipulação para favorecer o consumo selvagem.
Link: brainly.com.br/tarefa/19081783