Geografia, perguntado por mamamiaisa356, 5 meses atrás

qual deveria ser o papel do ocidente na guerra da siria? ou o ocidente não deveriater um papel nele?​

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Respondido por cirqueiracosta879
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Resposta:

"A Guerra Civil Síria se estende desde 2011, envolvendo vários grupos armados. Iniciou como consequência da Primavera Árabe — os protestos que se espalharam pelos países árabes com pedidos de mais abertura democrática. A resposta violenta do governo fez os grupos de oposição se armassem, e 10 anos de conflito resultaram na morte de 600 mil pessoas.

Tópicos deste artigo

1 - Causas do conflito

2 - Crescimento da guerra civil

3 - Mobilização estrangeira

4 - Consequências

Causas do conflito

A Síria é governada pela família Al-Assad desde a década de 1970 de maneira ditatorial. Bashar al-Assad só assumiu o país em 2000, após a morte de seu pai, Hafez al-Assad. O governo de Bashar sofreu inúmeras críticas pela corrupção e pela falta de liberdade política. Essas críticas tomaram novas proporções com a Primavera Árabe.

No começo de 2011, a população síria manifestou sua insatisfação com o governo do presidente Bashar al-Assad.[1]

A Primavera Árabe aconteceu quando a população de inúmeros países árabes manifestou-se exigindo democracia e melhores condições de vida em seus países. Os protestos iniciaram-se no final de 2010, na Tunísia, e espalharam-se por outros países, como Líbia e Egito. Na Síria, os protestos iniciaram-se em março de 2011, na cidade de Deraa, no sul do país. A resposta do governo sírio foi violenta, o que motivou novas rebeliões em diferentes partes do país, como na capital, Damasco, e em Aleppo, sua maior cidade.

As primeiras manifestações contra o governo de Bashar al-Assad aconteceram em uma escola de Deraa, quando estudantes menores de 15 anos começaram a pichar palavras contra o presidente. A polícia secreta síria foi mobilizada para prendê-los. Posteriormente, esses estudantes presos foram brutalmente torturados no interrogatório conduzido contra eles.

A prisão dos estudantes e a insatisfação da população motivaram novos protestos, e, à medida que a repressão do governo contra os protestos populares aumentava, mais protestos eram organizados. Logo se formaram grupos de resistência que se transformaram em milícias armadas, cujo objetivo era, primeiro, garantir sua defesa contra a repressão do governo e, segundo, garantir a derrubada de Bashar al-Assad.

Esses exércitos rebeldes foram inicialmente formados por civis e militares desertores que não concordavam com o trato violento que a população do país estava recebendo.

Crescimento da guerra civil

Soldados do Exército Livre da Síria em preparação para uma batalha contra o Estado Islâmico.[2]

A ONU e a Liga Árabe movimentaram-se para buscar saídas diplomáticas ao conflito, entretanto, os cessar-fogos negociados nunca foram respeitados. Assim, a escalada da violência na Síria tomou proporções de guerra civil. Considera-se que a guerra civil na Síria se iniciou em março de 2011.

Nesse momento, a principal força rebelde era o Exército Livre da Síria (ELS), que surgiu em julho de 2011, e era formado, principalmente, por soldados desertores. Esse grupo possuía características seculares (não estava sujeito a nenhuma ordem religiosa) e, portanto, era considerado um grupo rebelde moderado, mas, com o tempo, o ELS passou por uma alteração ideológica, aderindo ideias fundamentalistas.

A partir de 2012, o Exército Livre da Síria perdeu força, e, desde 2016, esse grupo passou a ser abertamente dependente do apoio oferecido pela Turquia. A oposição rebelde na Síria também contou com grupos extremistas de tendência jihadista, como o Hayat Tahrir al-Sham, anteriormente conhecido como Jabhat Fateh al-Sham, e Frente Al-Nusra. Muitos analistas internacionais apontam que o Tahrir al-Sham possui ligações com a Al-Qaeda, mas os membros deste grupo negam isso.

A partir de 2013, o Estado Islâmico, antigo braço armado iraquiano da Al-Qaeda, aproveitou-se da instabilidade da Síria e aderiu a grupos rebeldes de jihadistas sunitas. Entretanto, como o Estado Islâmico cresceu rapidamente, ele se autoproclamou um califado em territórios na Síria e no Iraque. O califado é uma espécie de reino baseado na lei islâmica, a Sharia. A guerra, que havia começado por razões políticas, tomou proporções religiosas.

Explicação:

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