Qual argumento o eu lírico do texto 2 utiliza para ordenar que a razão se cale
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A questão completa apresenta dois sonetos de Bocage, poeta do arcadismo lusitano. No texto 2, é possível notar que o eu lírico utiliza dos argumentos de que a "lei do amor" e a "força da ternura" não são guiadas pela Razão e, por isso, ela deve se calar.
Quem foi Manuel Bocage?
Manuel Maria Barbosa du Bocage foi um importante poeta português. Está inserido em um período de transição entre período clássico e romântico.
Mesmo com uma grande quantidade de biografias pós-morte, sua vida ainda contém muitas lacunas não preenchidas como onde estudou ou seus relacionamentos românticos.
Com base em suas obras, se deduz que ele estudou os clássicos e mitologias grega e latina.
Questão completa:
"TEXTO 1
Já se afastou de nós o Inverno agreste;
Envolto nos seus úmidos vapores;
A fértil Primavera, a mãe das flores
O prado ameno de boninas veste.
Varrendo os ares o sutil Nordeste
Os torna azuis; as aves de mil cores
Adejam entre Zéfiros, e Amores,
E toma o fresco Tejo a cor celeste.
Vem, ó Marília, vem lograr comigo
Destes alegres campos a beleza,
Destas copadas árvores o abrigo.
Deixa louvar da corte a vã grandeza:
Quanto me agrada mais estar contigo,
Notando as perfeições da Natureza!
TEXTO 2
Importuna Razão, não me persigas;
Cesse a ríspida voz que em vão murmura,
Se a lei de Amor, se a força da ternura
Nem domas, nem contrastas, nem mitigas.
Se acusas os mortais, e os não abrigas,
Se, conhecendo o mal, não dás a cura,
Deixa-me apreciar minha loucura;
Importuna Razão, não me persigas.
É teu fim, teu projeto encher de pejo
Esta alma, frágil vítima daquela
Que, injusta e vária, noutros laços vejo.
Queres que fuja de Marília bela,
Que a maldiga, a desdenhe; e o meu desejo
É carpir, delirar, morrer por ela
4. Qual argumento o eu lírico do texto 2 utiliza para ordenar que a Razão se cale?"
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