Sociologia, perguntado por Andratt5, 1 ano atrás

Qual a visão social de Antonio Candido?
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Respondido por KelvinHsu69
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A nossa literatura é galho secundário da portuguesa, por sua vez arbusto de segunda ordem no jardim das Musas.” Quem lê a frase pode acreditar que não passa do disparate de um crítico rancoroso. Parece confirmar aquela idéia de que a crítica em geral – seja nas resenhas de livros, nos comentários de filmes e até mesmo nas mesas-redondas de futebol – é praticada por sujeitos amargos, secos, estéreis. Uma gentinha murcha e sem viço que não conseguiu escrever uma obra-prima, dirigir um bom filme ou bater um pênalti decisivo.

E, no entanto, nada mais distante da realidade. Foi precisamente com essa frase – um dos trechos mais citados do livro Formação da Literatura Brasileira, escrito em 1959 – que Antonio Candido deu o pontapé inicial em uma verdadeira revolução na maneira de analisar a literatura nacional. E mais: com seus escritos, o crítico brasileiro mudou a interpretação da sociedade brasileira, ajudou a renovar a militância política de um país mais acostumado à ação subterrânea de partidos que à ação popular e contribuiu para moldar a mente de milhares de seguidores. Até alguns dos nossos principais políticos passaram pela sua escola: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi seu aluno na Universidade de São Paulo e, junto com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, Antonio Candido ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores em 1980.

Mas como é que um crítico de livros conseguiu fazer tanta coisa? É que, para Antonio Candido, a crítica não se limita à análise dos nossos livros. Seu grande esforço foi fazer diálogos – entre a literatura brasileira e a universal, entre a produção cultural e a realidade de um país marcado pela desigualdade, entre teoria e militância. Além disso, é um crítico que pode se orgulhar de escrever bem (veja trecho na próxima página). Dono de uma prosa que desce macia e mais parece conversa de amigo, Candido perpetrou alguns dos melhores ensaios da língua portuguesa, repletos de sacadas inauditas e interpretações que, com o tempo, foram se tornando quase definitivas.

E teve uma idéia que ninguém havia tido: nossa literatura, por mais capenga que possa parecer a olhos desavisados, é a única capaz de nos exprimir. Não somos pentacampeões das letras como a França, a Inglaterra ou a Rússia, que podem estufar o peito e declamar os nomes de dezenas de grandes autores lidos por todo o mundo em praticamente todas as línguas. Porém, as obras produzidas em português brasileiro, e que retratam um certo jeito nacional de levar a vida e observar o mundo, são importantes, ao menos para nós. Isso não significa que qualquer porcaria encadernada que tenha sido escrita entre o Oiapoque e o Chuí tenha mais importância que clássicos como William Shakespeare ou Honoré de Balzac. Significa que um dia desenvolvemos (nas palavras do crítico) “o desejo de ter uma literatura”, e que isso já é o bastante para um estudioso se debruçar sobre os livros escritos por aqui. O impacto de uma idéia dessas foi monumental mas, para captar seu poder de fogo, é preciso antes saber como ele chegou lá.


Andratt5: moço, voce pode simplificar em algumas linhas pfv?
Andratt5: obrigada sz
KelvinHsu69: É só dar uma resumidinha kk
Andratt5: é enorme kkkkkkkkk
Andratt5: mas obrigada mesmo assim sz
KelvinHsu69: Dnada rs
Andratt5: :)
Respondido por helena3099
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Temos que a visão social de Antonio Candido era focado no direitos do ser humano, sendo uma grande defensor da literatura como um direito inegável.

Antonio Candido

Antônio Candido de Mello e Souza foi um grande crítico literário, sociólogo e professor universitário brasileiro. O mesmo faleceu em 2017, e deixando inúmeras obras como por exemplo um dos que mais marcou sua carreira foi Formação da Literatura Brasileira – Momentos Decisivos, publicada em 1959.

Na visão do sociólogo Antonio, temos que o direito a leitura se encaixa dentro dos direitos básicos lado a lado com alimentação, moradia, vestuário e saúde, mas também pertence a direitos mais profundos como a liberdade individual, justiça pública e resistência à opressão.

O legado de Antonio Candido é recheado de obras fundamentais, como:

  • Introdução ao método crítico de Silvio Romero (1944)
  • Os parceiros do Rio Bonito (1954)
  • Formação da literatura brasileira (1959)
  • Tese e antítese: ensaios (1964)
  • Literatura e sociedade (1965), entre outros.

Veja mais sobre Literatura e Direitos Humanos em: https://brainly.com.br/tarefa/2685792

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