Qual a visão da sociologia e psicologia a respeito da RELIGIÃO?''
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Resposta:
Georg Simmel (1858-1918), intelectual da Sociologia pouco conhecido e traduzido no meio acadêmico brasileiro, de origem judaica e nascido em Berlim, esteve junto aos principais teóricos de seu tempo: Max Weber e Ferdinand Tönnies, com os quais fundou a Sociedade Alemã de Sociologia. Sua experiência religiosa teve influência do catolicismo por parte do pai e do protestantismo por parte da mãe. Sob o protestantismo, casou-se e somente no fim de sua vida assumiu as raízes judaicas. Adepto de uma escrita ensaística para a produção de sua teoria sociológica, assim ele dialoga mais livremente com a filosofia, a antropologia e a psicologia, apresentando referências plurais como: Kant, Nietzche e Schopenhauer.
Em Religião: ensaios - volume 1/2, ele nos apresenta uma metodologia para o estudo da religião que diverge do tipo ideal weberiano, para oferecer maior protagonismo aos próprios atores, que apresentam por si as formas abstraídas para análise. Dessa forma, ele elenca a pessoa religiosa como material de estudo tal como a maneira como ela vê o mundo, experimenta-o e o constitui. Ele assemelha tal pessoa ao artista e ao filósofo, na medida em que estes também produzem formas culturais capazes de revelar o mundo de maneira única.
Outro elemento que dá consistência a essa opção metodológica é a adoção, em sua análise, do que ele chama de "lógica da psicologia", ou seja, diferentemente de Weber, que optou por uma análise histórica e comparativa da religião (entre o Ocidente e o Oriente), Simmel deteve-se das relações sensoriais que ajudam a entender as evoluções históricas das ideias religiosas.
Para o autor, o princípio da religião é revestido pelo movimento de religar e ressoar, no qual os elementos do universo são coletados e conectados de forma pessoal, e isso é expresso em suas ações no mundo. Simmel considera o artista Rembrandt capaz de revelar esse princípio em sua arte e, no campo da música, aponta o mesmo potencial de validade universal em Johann Sebastian Bach, com seu estilo barroco na música profana e religiosa.
O autor acredita que a religião consegue dar unidade (integrar a parte ao todo, sendo a parte o próprio todo) sem se valer dos processos sociais: competição, diferenciação e divisão do trabalho. No entanto, reitera que, ao admitirmos situações de conflito no espaço institucional racionalizado (Igreja Moderna), encontraremos elementos de competição, diferenciação e divisão do trabalho, ocasionados pelo próprio sacerdócio.
Os ensaios desse livro assumem um diálogo coeso, e é possível inferir que "A Religião" (1912) apresenta uma síntese da sociologia da religião simmeliana, enquanto os demais ensaios que compõem a obra revelam alguns aspectos emblemáticos dessa temática.
O conceito de alma foi muito explorado pelo autor. Ele acredita que a alma, um elemento pessoal formador da personalidade de cada indivíduo, expressa-se claramente nas formas culturais (religião, arte, filosofia e ética). Em seu ensaio intitulado "Da salvação da
Explicação:
esta é a analise da visão