História, perguntado por ohakai20, 7 meses atrás

qual a religiao ensinam sobre o acolhimento do estrangeiro

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Respondido por OrochimaruSensei
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Algumas pessoas tem uma incrível capacidade para acolher a todos. A forma como esse tipo de pessoa age com desconhecidos, geralmente, causa-nos um impacto negativo porque pensamos que tais pessoas negligenciam a própria segurança e nos parecem muito ingênuas a respeito da onda de violência em nossa época. Somos desconfiados, não abrimos a porta do nosso lar nem a janela de nosso carro para estranhos e isso nos acostumou a não abrir nossos corações para quem pensa e age diferente de nós.

Nesse ponto cabe uma pergunta: sendo a hospitalidade uma manifestação de acolhimento ao "outro", ela deveria ser realizada apenas por quem está acostumado a ajudar desconhecidos? Ou seja: a hospitalidade é um dom natural em algumas pessoas e deveria ser exercida apenas por estas? Admitamos que, enquanto a arte da acolhida é facilmente exercida por alguns, pode ser bastante difícil para os outros. Nossas casas são uma extensão de nós mesmos, quando praticamos a hospitalidade, estamos tendo a oportunidade de compartilhar a sacralidade de nossa intimidade e isto exige de nós, antes de tudo, coragem.

Nenhum de nós há de negar que é mais fácil compartilhar a hospitalidade com a família e com os amigos que com estranhos, no entanto, a bíblia incentiva a todos a prática da hospitalidade. O texto de Rm 12,13 nos exorta "praticai a hospitalidade". O termo grego traduzido em português por "hospitalidade" é philoxenia, uma combinação de duas palavras: philos, que significa "amar alguém como a um amigo ou irmão", e xenos, que significa estrangeiro (estranho) ou imigrante (o estrangeiro residente). Embora geralmente traduzida por "hospitalidade", a philoxenia significa dispensação de afetos em relação aos estrangeiros, "amar estranhos ou imigrantes como se fosse o seu próprio amigo ou irmão". Isto significa que se deve prestar aos estranhos o mesmo tipo de amor com o qual amamos a amigos e parentes. O texto da Carta aos Romanos é ainda mais incisivo porque afirma literalmente, "prossegui na hospitalidade", ou seja, a hospitalidade não deve ser algo esporádico, mas um ato constante.

No Antigo Testamento


OrochimaruSensei: No antigo Oriente, a prática da hospitalidade era uma norma cultural envolta em noções de honra, característica fundamental da época na qual se deu a maior parte dos acontecimentos narrados pelo Antigo Testamento.
OrochimaruSensei: Mas também a xenofobia estava presente na maioria daquelas culturas. Sendo assim, a hospitalidade como um desejo de hospedar, alimentar e entreter um convidado, ou como se diz hoje, de "receber convidados" era algo que se fazia com prazer, especialmente, com pessoas da mesma etnia, à semelhança do que hoje se faz com alguém da mesma classe social.
OrochimaruSensei: Para a cultura hebraica, o livro do Levítico (19,33-34) dá uma instrução fundamental a respeito do modo como deve ser exercida a hospitalidade: "Não oprimireis o estrangeiro que permanecer na vossa terra. O estrangeiro residente entre vós será tratado como o natural da terra; amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus".
OrochimaruSensei: O mandato da hospitalidade no Antigo Testamento está inserido no capítulo sobre o amor ao próximo como a si mesmo, passagem fundamental que, junto ao mandato do amor a Deus (Dt 6,5), resume todos os mandamentos da Lei (cf. Lc 10,27).
OrochimaruSensei: risto, nossa paz, destruiu a inimizade (Ef 2,14) e fez de judeus e gregos reconciliados em um só corpo (Ef 2,16). Sendo assim, a hospitalidade não é apenas cumprimentar e acolher as pessoas até os pagãos fazem isto (Mt 5,47), é enfrentarmos nossos medos e a mesquinhez de nosso egocentrismo e nos tornarmos canais da hospitalidade de Deus.
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