Qual a relação entre onda sonora, eletromagnética e digital em relação ao celular?
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Resposta:
Aparelhos celulares emitem ondas eletromagnéticas que podem ser nocivas à saúde
Imagem de Gilles Lambert por Unsplashusando o celular
Na década de 80, eram raras as pessoas que possuíam um celular. Ele pesava quase o triplo dos modelos atuais e custava um bom dinheiro. Hoje, com o avanço tecnológico, existem celulares de todos os tipos, pesos, preços e tamanhos. O estranho atualmente é uma pessoa não ter um celular! O celular e suas tecnologias evoluíram rapidamente e trouxeram consigo diversos benefícios mas mal deram tempo para o mercado e seus consumidores de respirar e perguntar: Mas o celular faz mal à saúde de seu usuário? Pesquisas indicam que sim. Além de muitos conterem substâncias tóxicas em sua estrutura, as ondas emitidas por eles podem causar danos sérios à saúde.
Primeiro, é melhor entender como os celulares funcionam. .
Os celulares são rádios, porém, normalmente os rádios recebem ondas eletromagnéticas por meio de uma antena central, e o avanço presente na ideia dos celulares está justamente nisso. Para eles, existem várias antenas organizadas em células, ou seja, cada célula é responsável por cobrir uma pequena área, e o conjunto de células de antenas formam uma rede para os telefones celulares, daí também o porquê do nome celular. Uma vantagem das antenas dispostas em células é que, quando se está em movimento e falando ao celular, é possível mudar de uma célula para outra e continuar a comunicação normalmente.
Outra diferença entre funcionamento do rádio e do celular é que, quando se utiliza um rádio para comunicação, uma pessoa fala por vez porque ambas utilizam da mesma frequência. Já nos celulares, uma frequência é utilizada para transmitir a fala e outra é usada para a escuta.
A radiação eletromagnética no celular é emitida pela antena acoplada ao aparelho. Essa radiação tem uma frequência maior do que as utilizadas em rádio. O problema que envolve a radiação dos celulares está relacionado ao fato de que usamos esses aparelhos próximos ao corpo e, principalmente, perto da cabeça. Essas antenas acopladas no celular emitem radiação eletromagnética em uma direção quase simétrica, ou seja, quando o aparelho está a uns 25 centímetros da cabeça, essa radiação é absorvida quase que totalmente, sendo potencialmente nociva para o corpo humano e principalmente para o cérebro.
Riscos
Em pesquisas realizadas pelo Interphone Study Group em parceria com a Internacional Agency for Research on Cancer (IARC), concluiu-se que existem suspeitas de aumento de tumor maligno no sistema nervoso central para usuários que utilizam frequentemente o celular do mesmo lado da cabeça. Diante desse cenário, a IARC classifica o campo magnético emitido pelos celulares como possivelmente carcinogênico para humanos, ou seja, a radiação interfere na saúde do ser humano, porém as evidências atuais ainda não são suficientes para classificar essa radiação como carcinogênica para humanos.
Segundo estudo científico realizado por especialistas da National Institute on Drug Abuse, há uma associação entre utilizar por 50 minutos o celular no modo convencional (perto da cabeça) e o aumento do metabolismo da glicose cerebral. Até o momento, essa evidência não tem significância clínica para que se possam tirar conclusões sobre o que esse efeito pode provocar na saúde.
Para outra pesquisa elaborada na Universidade de Tampere (Finlândia), os tumores malignos em usuários de celular não se localizam necessariamente em partes atingidas pela radiação emitida pelos aparelhos, ou seja, eles podem surgir em outros lugares do corpo, afetando negativamente a saúde humana.
Também na Universidade de Oxford, foi sinalizado o aumento dos riscos de tumor maligno associado ao uso prolongado do celular (mais de cinco anos), sendo que o risco aumenta proporcionalmente aos anos de uso. Assim como também afirma um grupo de trabalho gerido pela IARC, segundo o qual as chances de ocorrência de câncer em 10 anos podem aumentar em 40%, quando o celular é utilizado perto da cabeça por em média 30 minutos por dia