Biologia, perguntado por Saddler, 1 ano atrás

Qual a relação entre o surgimento da vida e a biodiversidade atual?

Soluções para a tarefa

Respondido por nathlindapisanakadi
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Resposta:

porque a biodiversidade atual é complicada

Respondido por Fooley
0

Resposta - PESQUISADO! ~  

A tarefa de descrever, catalogar e estudar a diversidade

dos organismos vivos pertence aos biólogos, mas, devido ao grande

número de organismos existentes no planeta, mais de 90% deles ainda

são desconhecidos. Hoje se conhecem cerca de 1,4 milhão de espécies

vivas de todos os tipos de organismos.

Existem aproximadamente 750.000 espécies de insetos,

41.000 de vertebrados e 250.000 de plantas (vasculares e briófitas)

descritas. Em sua maioria, os pesquisadores são unânimes em dizer que

este quadro é muito incompleto, com exceção de alguns grupos bem

estudados, como os dos vertebrados e plantas com flores (fanerógamas)

de regiões temperadas.

Dentre os principais grupos de organismos, o dos insetos

é o mais rico em espécies; acredita-se que o número absoluto seja

superior a cinco milhões. A amostragem feita na floresta amazônica

demonstra que o número de insetos é tão grande, que foram feitas

estimativas da diversidade local, as quais foram extrapoladas para incluir

todas as florestas tropicais do mundo, obtendo-se o valor de trinta milhões

de espécies de insetos. Em contrapartida não se conhece quase nada das  

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plantas epífitas, liquens, fungos, nematelmintos, ácaros, protozoários e

bactérias que habitam os topos das árvores. Outros habitats ainda muito

pouco conhecidos são os recifes de coral, o assoalho do fundo do mar e o

solo das florestas tropicais e das savanas. Pode-se então concluir que a

estimativa do número total de espécies vivendo no planeta Terra não

reflete a realidade, sendo necessário ainda muito estudo para se chegar a

um número aproximado.

A tarefa de catalogar todas as espécies é tão difícil, que

talvez nunca seja completada. Entretanto é de suma importância

estabelecer padrões na descrição e, principalmente, estudar a abundância

das espécies, para se testarem hipóteses sobre a função da diversidade

das espécies no ecossistema.

Hoje, pouco se conhece ainda sobre a biodiversidade em

praticamente todos os ecossistemas. Constituem exceção as regiões

áridas, onde as espécies animais e vegetais vasculares são bem

conhecidas, por ocorrem em número relativamente pequeno em

comparação com o das regiões tropicais. Mas, mesmo nessas regiões há

muitos animais invertebrados e plantas não vasculares, incluindo fungos,

que ainda precisam ser estudados. Também são pouco conhecidos nestas

áreas os organismos que vivem no solo, como as bactérias e os vírus. Por

outro lado, nas regiões tropicais, o conhecimento sobre a diversidade de

espécies, apesar de seu alto grau, é ainda bastante incipiente. Em muitos

países tropicais não há uma relação detalhada de plantas e animais de seu

território. As melhores estimativas são relações incompletas de pequenos

animais, plantas e fungos que vivem em algumas pequenas áreas

estudadas. Falta ainda estudar e descrever organismos de solo, como

bactérias e fungos.

As espécies marinhas das regiões temperadas e tropicais

são provavelmente as menos conhecidas. Os oceanos têm grande

diversidade de animais e vegetais (algas), e, obviamente, não se pode

esquecer as profundezas do mar, as quais, até pouco tempo, acreditava-se  

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serem desprovidas de vida. Atualmente, os oceanógrafos conhecem bem o

assoalho oceânico, sua fauna abundante, com mais de oitocentas espécies

catalogadas e mais de cem famílias de doze grupos de organismos. Até

mesmo em algumas regiões do fundo do oceano, existem águas quentes

de origem vulcânica, as chamadas chaminés de sulfeto, ou block smokers,

onde se acreditava não haver vida, mas que em 1991 foram encontradas

dezesseis famílias de invertebrados vivendo exclusivamente nesse local

(Grassle, 1989). Recentemente, oceanógrafos registraram a ocorrência de

organismos unicelulares chamados, em seu conjunto, picoplâncton, com

diâmetro entre um e quatro micrômetros. A produtividade do ecossistema

marinho pode ter sido subestimada em mais de 50%, porque os

oceanógrafos ignoravam a existência do picoplâncton, principalmente

porque não existiam métodos apropriados para estudá-lo.

Outro problema sério é que os cientistas ainda não

sabem exatamente como a diversidade dos genes, ou genótipos, espécies

e comunidades influenciam o ecossistema. Passados mais de cem anos,

geneticistas, taxonomistas, evolucionistas e ecólogos têm acumulado

muito conhecimento sobre diversidade biológica. No entanto, as

informações geradas até agora atestam a importância da diversidade para

precisar a função de muitos organismos no ecossistema. Mas uma correta

teoria geral da biodiversidade ainda está por ser formulada. Isto porque a

ameaça à diversidade biológica é fato recente, e os cientistas podem

conhecer como os sistemas vivos são influenciados pelas mudanças da

diversidade. Como está ocorrendo uma rápida transformação da paisagem

e da vida selvagem, há uma certa urgência em se obterem tais

informações. O conhecimento sobre a biodiversidade é também muito

importante para avaliar o impacto das mudanças globais no clima.

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