Biologia, perguntado por jjjj16, 1 ano atrás

qual a relação entre o cupim e o protozoário

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Respondido por RamomMarcal
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Os cupins e os protozoários chamados Triconimpha apresentam um tipo de relação ecológica denominada mutualismo. O mutualismo é uma relação harmônica interespecífica em que ambas as espécies obtêm benefícios. A associação é permanente e os indivíduos não conseguem viver de forma isolada. Os cupins se alimentam de madeira, mas não conseguem digerir a celulose. Isto só é possível devido à presença dos micro-organismos que habitam seu intestino e sem os quais eles não têm como aproveitar o alimento. A Triconimpha digere a celulose, garantindo ao cupim os produtos dessa digestão (moléculas de glicose) e por outro lado é beneficiada, pois encontra no tubo digestivo desses animais o ambiente protegido que garante a sua sobrevivência.
Respondido por MikeCnt
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Resposta:

Mutualismo obrigatório

Explicação:

1) Visão geral:

Existem diferentes nomeações que os biólogos dão para interações entre espécies diferentes baseando-se no benefício, malefício ou indiferença para elas nesta interação. No caso exposto, em que o protozoário vive no intestino do cupim digerindo sua celulose, ambas as espécies se beneficiam com a interação e morrem se separarem, clássico mutualismo obrigatório.

2) Mutualismo:

Dentre as interações ecológicas interespecíficas (entre espécies diferentes) possíveis, o mutualismo é uma relação em que as duas espécies se beneficiam, (nenhuma delas fica neutra com a interação e e nenhuma delas é prejudicada) podendo a associação entre elas ser, ou não, obrigatória. Neste caso, é.

3) A relação entre protozoário e cupim:

O cupim se instala em madeiras e se alimenta delas. O principal polissacarídeo da madeira (e de todo o mundo) é a celulose. Assim como o amido e o glicogênio, outros polissacarídeos, a celulose é formada apenas por monômeros de glicose ligadas entre si. A ligação da celulose, no entanto, é diferente; é uma ligação β (beta) que os cupins não são capazes de quebrar (nem os humanos).

Aí que entram os protozoários presentes no intestino do cupim: eles recebem abrigo e proteção lá dentro ao passo que oferecem em troca a quera das ligações β entre as glicoses da celulose, tornando possível para o cupim absorvê-las e utilizá-las na produção de ATP/energia. Sem o cupim, o protozoário morre solto. Sem o protozoário, o cupim morre sem poder se alimentar.

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