Qual a relação entre genética e vacinas para Covid 19 ???
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Resposta:
As vantagens das vacinas de RNAm
Entre as vacinas para Covid-19 que estão em fase 3, aquelas que comprovarem ser seguras e eficazes nesta última fase de pesquisa serão as primeiras a serem ofertadas em larga escala. Destas, seis são produzidas com tecnologia do DNA recombinante, sendo que quatro usarão como vetores adenovírus, que carregarão sequencias de genes do SARS-CoV-2, e duas injetarão diretamente RNAm no nosso organismo. Estes RNAm carregam uma mensagem para produção de proteínas importantes do genoma do SARS-CoV-2. Ao entrarem no citoplasma da célula vão de encontro aos ribossomos, que traduzirão a mensagem em uma sequência de aminoácidos que constituirão a proteína desejada. O organismo reconhece esta proteína como estranha, e produz substancias para se proteger da invasão desta nova proteína. É fundamental esclarecer que o RNA do SARS-CoV-2 codifica para 27 proteínas, e só a atuação conjunta destas 27 proteínas lhe dá a infectividade e virulência que hoje infelizmente todo o planeta conhece. A injeção artificial de uma mensagem para produção dentro de nosso corpo de uma única proteína do SARS-CoV-2, sem todo o resto de seu aparato genômico, jamais poderá causar a doença Covid-19.
Existem diversas vantagens na utilização de vacinas que injetam diretamente o RNAm, em relação àquelas que tem como vetor um vírus: (i) RNAm não precisa cruzar a membrana nuclear e atingir o núcleo da célula, e, portanto, a produção da proteína desejada inicia em minutos após entrar nas células, ao contrário das vacinas baseadas em DNA, aonde sete primeiro precisará produzir um RNAm; (ii) maior segurança, porque o RNAm, mesmo que chegue ao núcleo da célula, é incapaz de se integrar ao genoma humano, uma das preocupações das vacinas de DNA; (iii) reduzida resposta inflamatória, que também é uma preocupação com os vetores virais; (iv) tradução eficiente da mensagem para dentro das células humanas, visto que ao contrário do DNA, o RNAm não requer divisão celular para produzir a proteína desejada; (v) não há limite para o tamanho do RNA que será transferido, podendo o RNA codificar várias proteínas, ao contrário dos vetores que carregam fragmentos de DNA, aonde há sempre limitações de “espaço de empacotamento”; (vi) a extensão e a duração da produção da proteína que se deseja formar pode ser controlada de perto porque o RNAm tem vida curta, logo é degradado e não se divide; (vii) produzir RNAm é muito mais simples que produzir vetor viral, e o processo é adaptável a demanda de larga escala (lembrando que idealmente 8 bilhões de pessoas precisarão ser vacinadas!); (viii) vacinas de RNAm tem se demonstrado seguras em pesquisas clínicas, tanto em Fases 1 e 2 publicadas em renomados periódicos científicos, como nos milhares de voluntários que já participam neste momento de experimentos de Fase 3 para COVID-19; (ix) tem demonstrado provocar uma resposta imune robusta; (x) não precisam de laboratórios com sofisticado grau de segurança para serem preparadas; (xi) a sequência de RNA pode ser modificada caso necessário, por exemplo, se uma cepa do SARS-CoV-2 diferente passar a ser predominante por mutação.
As duas vacinas de RNAm em estágio mais avançado
Duas das “vacinas genéticas” já estão em plena Fase 3 de desenvolvimento e nos próximos dois meses já teremos os resultados preliminares. Existe grande possibilidade de uma delas ser a primeira vacina para SARS-CoV-2 a ser disponibilizada em larga escala.
Explicação: