Qual a relação entre esteatose hepática e o colesterol?
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O termo hepático se refere a fígado, portanto, esteatose hepática é igual a esteatose do fígado
Um dos nomes para esteatose hepática em inglês é "fatty liver", que significa fígado gorduroso. E é exatamente disso que se trata a esteatose.
Nosso fígado possui normalmente pequenas quantidades de gordura, porém, quando esta ultrapassa 10% do peso hepático, estamos diante de um quadro de esteatose.
A ilustração acima mostra as diferenças entre um fígado saudável e um esteatótico. Reparem no tamanho e na coloração amarelada do fígado gorduroso. Nos quadradinhos que apresentam a imagem de biópsias, pode-se notar a presença de gordura (bolinhas brancas) nos meio do tecido hepático.
Uma esteatose hepática leve normalmente não causa sintomas ou complicações. Porém, quanto maior e mais prolongado for o acúmulo de gordura, maiores os riscos de lesão hepática. Quando há gordura em excesso e por muito tempo, as células do fígados podem sofrer danos, ficando inflamadas. Este quadro é chamado de esteato-hepatite ou hepatite gordurosa. Se não tratado, pode evoluir para cirrose (leia: CAUSAS E SINTOMAS DA CIRROSE HEPÁTICA ).
Portanto, a esteatose hepática é um estágio anterior ao desenvolvimento da esteato-hepatite, que como o próprio nome diz, nada mais é que um dos vários tipos de hepatite (leia: AS DIFERENÇAS ENTRE AS HEPATITES ).
A principal causa de esteato-hepatite é o consumo de bebidas alcoólicas. Em geral, dividimos os casos entre esteato-hepatite alcoólica e esteato-hepatite não alcoólica.
A hepatite alcoólica e os malefícios do álcool já foram abordados em outros textos (leia: CAUSAS E SINTOMAS DA CIRROSE HEPÁTICA e MALEFÍFICIO DO CONSUMO DE ÁLCOOL E ALCOOLISMO). Por isso, neste vamos nos ater mais a esteato-hepatite não alcoólica.
Não se sabe exatamente porque alguns indivíduos desenvolvem esteatose hepática, mas algumas doenças estão claramente ligadas a este fato. Podemos citar:
- Obesidade (leia: OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA). Mais de 70% dos pacientes com esteatose são obesos. Quanto maior o sobrepeso, maior o risco.
- Diabetes Mellitus (leia: DIAGNÓSTICO E SINTOMAS DO DIABETES MELLITUS ). Assim como a obesidade, o diabetes tipo 2 e a resistência a insulina também estão intimamente relacionados ao acúmulo de gordura no fígado.
- Colesterol elevado (leia: COLESTEROL BOM (HDL) E COLESTEROL RUIM (LDL)). Principalmente níveis altos de triglicerídeos.
- Drogas. Várias medicações podem favorecer a esteatose, entre as mais conhecidas estão: Corticóides, Estrogênio, Amiodarona, anti-retrovirais, Diltiazen e Tamoxifeno.
- Desnutrição ou mesmo uma rápida perda de grande quantidade de peso.
- Cirurgias abdominais. Principalmente "bypass gástrico", retirada de partes do intestino e até cirurgia para remoção da vesícula (leia: PEDRA NA VESÍCULA E COLECISTITE ).
Não é preciso ter alguma das condições citadas acima para se ter esteatose hepática. Pessoas magras, saudáveis e com baixa ingestão de álcool também podem tê-la, apesar deste fato ser menos comum. A esteatose é mais comum no sexo feminino.
A esteatose hepática não causa sintomas e a própria esteato-hepatite também costuma ser assintomática em fases iniciais. Normalmente o diagnóstico é feito acidentalmente através de ultrasonografias ou tomografias computadorizadas solicitadas por outros motivos.
É importante destacar, porém, que através dos exames de imagem nem sempre é possível diferenciar casos de esteatose, principalmente em fase avançada, da esteato-hepatite. Consegue-se ver bem a gordura, mas não há sensibilidade suficiente para se descartar ou confirmar a presença de inflamação.
Os exames de imagem também não conseguem distinguir a esteato-hepatite das outras causas de hepatite. Por isso, uma história clínica, exame físico e análises laboratoriais são imprescindíveis para a avaliação do paciente. Uma boa avaliação médica pode identificar a causa da lesão hepática.
As análises laboratoriais servem para se excluir as hepatites virais (sorologias) e para se avaliar o grau de lesão do fígado através das chamadas enzimas hepáticas (TGO e TGP ou AST e ALT) e de outros marcadores de doença do fígado (leia: O QUE SIGNIFICA AST (TGO) E ALT (TGP)?)
A biópsia hepática costuma ser necessária quando há sintomas e sinais de grave lesão do fígado, não se conseguindo clinicamente determinar a sua causa.
Portanto, se você tem imagem sugestiva de esteatose hepática, mas não apresenta sintomas e não tem sinais de lesão hepática, é necessário apenas o acompanhamento anual para se avaliar progressão da doença. Não há necessidade de se repetir exames de imagem pois estes não são bons para avaliar progressão da esteatose.
Se há sinais de esteato-hepatite, com sintomas ou alterações nos exames laboratoriais, deve-se pensar na hipótese da biópsia e o paciente deve ser reavaliado a cada 6 meses. Este paciente deve ser seguido por um hepatologista.
Um dos nomes para esteatose hepática em inglês é "fatty liver", que significa fígado gorduroso. E é exatamente disso que se trata a esteatose.
Nosso fígado possui normalmente pequenas quantidades de gordura, porém, quando esta ultrapassa 10% do peso hepático, estamos diante de um quadro de esteatose.
A ilustração acima mostra as diferenças entre um fígado saudável e um esteatótico. Reparem no tamanho e na coloração amarelada do fígado gorduroso. Nos quadradinhos que apresentam a imagem de biópsias, pode-se notar a presença de gordura (bolinhas brancas) nos meio do tecido hepático.
Uma esteatose hepática leve normalmente não causa sintomas ou complicações. Porém, quanto maior e mais prolongado for o acúmulo de gordura, maiores os riscos de lesão hepática. Quando há gordura em excesso e por muito tempo, as células do fígados podem sofrer danos, ficando inflamadas. Este quadro é chamado de esteato-hepatite ou hepatite gordurosa. Se não tratado, pode evoluir para cirrose (leia: CAUSAS E SINTOMAS DA CIRROSE HEPÁTICA ).
Portanto, a esteatose hepática é um estágio anterior ao desenvolvimento da esteato-hepatite, que como o próprio nome diz, nada mais é que um dos vários tipos de hepatite (leia: AS DIFERENÇAS ENTRE AS HEPATITES ).
A principal causa de esteato-hepatite é o consumo de bebidas alcoólicas. Em geral, dividimos os casos entre esteato-hepatite alcoólica e esteato-hepatite não alcoólica.
A hepatite alcoólica e os malefícios do álcool já foram abordados em outros textos (leia: CAUSAS E SINTOMAS DA CIRROSE HEPÁTICA e MALEFÍFICIO DO CONSUMO DE ÁLCOOL E ALCOOLISMO). Por isso, neste vamos nos ater mais a esteato-hepatite não alcoólica.
Não se sabe exatamente porque alguns indivíduos desenvolvem esteatose hepática, mas algumas doenças estão claramente ligadas a este fato. Podemos citar:
- Obesidade (leia: OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA). Mais de 70% dos pacientes com esteatose são obesos. Quanto maior o sobrepeso, maior o risco.
- Diabetes Mellitus (leia: DIAGNÓSTICO E SINTOMAS DO DIABETES MELLITUS ). Assim como a obesidade, o diabetes tipo 2 e a resistência a insulina também estão intimamente relacionados ao acúmulo de gordura no fígado.
- Colesterol elevado (leia: COLESTEROL BOM (HDL) E COLESTEROL RUIM (LDL)). Principalmente níveis altos de triglicerídeos.
- Drogas. Várias medicações podem favorecer a esteatose, entre as mais conhecidas estão: Corticóides, Estrogênio, Amiodarona, anti-retrovirais, Diltiazen e Tamoxifeno.
- Desnutrição ou mesmo uma rápida perda de grande quantidade de peso.
- Cirurgias abdominais. Principalmente "bypass gástrico", retirada de partes do intestino e até cirurgia para remoção da vesícula (leia: PEDRA NA VESÍCULA E COLECISTITE ).
Não é preciso ter alguma das condições citadas acima para se ter esteatose hepática. Pessoas magras, saudáveis e com baixa ingestão de álcool também podem tê-la, apesar deste fato ser menos comum. A esteatose é mais comum no sexo feminino.
A esteatose hepática não causa sintomas e a própria esteato-hepatite também costuma ser assintomática em fases iniciais. Normalmente o diagnóstico é feito acidentalmente através de ultrasonografias ou tomografias computadorizadas solicitadas por outros motivos.
É importante destacar, porém, que através dos exames de imagem nem sempre é possível diferenciar casos de esteatose, principalmente em fase avançada, da esteato-hepatite. Consegue-se ver bem a gordura, mas não há sensibilidade suficiente para se descartar ou confirmar a presença de inflamação.
Os exames de imagem também não conseguem distinguir a esteato-hepatite das outras causas de hepatite. Por isso, uma história clínica, exame físico e análises laboratoriais são imprescindíveis para a avaliação do paciente. Uma boa avaliação médica pode identificar a causa da lesão hepática.
As análises laboratoriais servem para se excluir as hepatites virais (sorologias) e para se avaliar o grau de lesão do fígado através das chamadas enzimas hepáticas (TGO e TGP ou AST e ALT) e de outros marcadores de doença do fígado (leia: O QUE SIGNIFICA AST (TGO) E ALT (TGP)?)
A biópsia hepática costuma ser necessária quando há sintomas e sinais de grave lesão do fígado, não se conseguindo clinicamente determinar a sua causa.
Portanto, se você tem imagem sugestiva de esteatose hepática, mas não apresenta sintomas e não tem sinais de lesão hepática, é necessário apenas o acompanhamento anual para se avaliar progressão da doença. Não há necessidade de se repetir exames de imagem pois estes não são bons para avaliar progressão da esteatose.
Se há sinais de esteato-hepatite, com sintomas ou alterações nos exames laboratoriais, deve-se pensar na hipótese da biópsia e o paciente deve ser reavaliado a cada 6 meses. Este paciente deve ser seguido por um hepatologista.
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