Qual a relação entre cultura e ciencia?
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Segundo Czeresnia, a ciência é um componente importante da cultura. “Há uma relação muito grande entre elas [ciência e cultura] nas formas de pensar e representar”, afirma. Ela acrescenta que o saber científico é mediado tanto pela racionalidade quanto pelos sentidos simbólicos.
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Os conceitos da epidemiologia – ramo da medicina que estuda a propagação, frequência e prevenção das enfermidades – como contribuidores para a construção dos conhecimentos sobre as doenças, foram o centro da palestra realizada pela pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Dina Czeresnia.
Durante a palestra “Do contágio à transmissão: ciência e cultura na gênese do conhecimento epidemiológico”, fruto da tese de doutorado da pesquisadora, ela apresentou a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e comparou como os conceitos de “contágio” e “transmissão” podem despertar sentidos diferentes em quem os escuta. O primeiro, para ela, está mais associado à sensação de pânico e atitudes preconceituosas à medida em que o outro marca a constituição da estrutura científica da epidemiologia.
Segundo Czeresnia, a ciência é um componente importante da cultura. “Há uma relação muito grande entre elas [ciência e cultura] nas formas de pensar e representar”, afirma. Ela acrescenta que o saber científico é mediado tanto pela racionalidade quanto pelos sentidos simbólicos.
Na ocasião, a pesquisadora e doutora em Saúde Pública apontou que o momento atual é marcado pelo acirramento de confrontos e a ciência terá mudanças na percepção, na experiência e no discurso. “Tensões e polarizações impregnam a própria construção do conhecimento”, explica. Nesse contexto, para ela, é preciso encontrar condições de diálogo e criar articulações de conhecimentos.
Ela também colocou em questão o paradoxo entre o alto grau de generalização buscado no saber científico e a necessidade de compreender as individualidades. “A todo instante nos reconstruímos pelas relações”, constata. Ela criticou o relativismo absoluto, mas defendeu que o desafio do pesquisador é entender contextos e singularidades, não apenas padrões de normatização.
Durante a palestra “Do contágio à transmissão: ciência e cultura na gênese do conhecimento epidemiológico”, fruto da tese de doutorado da pesquisadora, ela apresentou a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e comparou como os conceitos de “contágio” e “transmissão” podem despertar sentidos diferentes em quem os escuta. O primeiro, para ela, está mais associado à sensação de pânico e atitudes preconceituosas à medida em que o outro marca a constituição da estrutura científica da epidemiologia.
Segundo Czeresnia, a ciência é um componente importante da cultura. “Há uma relação muito grande entre elas [ciência e cultura] nas formas de pensar e representar”, afirma. Ela acrescenta que o saber científico é mediado tanto pela racionalidade quanto pelos sentidos simbólicos.
Na ocasião, a pesquisadora e doutora em Saúde Pública apontou que o momento atual é marcado pelo acirramento de confrontos e a ciência terá mudanças na percepção, na experiência e no discurso. “Tensões e polarizações impregnam a própria construção do conhecimento”, explica. Nesse contexto, para ela, é preciso encontrar condições de diálogo e criar articulações de conhecimentos.
Ela também colocou em questão o paradoxo entre o alto grau de generalização buscado no saber científico e a necessidade de compreender as individualidades. “A todo instante nos reconstruímos pelas relações”, constata. Ela criticou o relativismo absoluto, mas defendeu que o desafio do pesquisador é entender contextos e singularidades, não apenas padrões de normatização.
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