Filosofia, perguntado por anaclaradias108, 9 meses atrás

Qual a Relação entre cultura e ciência?

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Respondido por tavaresdossanto
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Os conceitos da epidemiologia – ramo da medicina que estuda a propagação, frequência e prevenção das enfermidades – como contribuidores para a construção dos conhecimentos sobre as doenças, foram o centro da palestra realizada pela pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Dina Czeresnia.

Durante a palestra “Do contágio à transmissão: ciência e cultura na gênese do conhecimento epidemiológico”, fruto da tese de doutorado da pesquisadora, ela apresentou a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e comparou como os conceitos de “contágio” e “transmissão” podem despertar sentidos diferentes em quem os escuta. O primeiro, para ela, está mais associado à sensação de pânico e atitudes preconceituosas à medida em que o outro marca a constituição da estrutura científica da epidemiologia.

Segundo Czeresnia, a ciência é um componente importante da cultura. “Há uma relação muito grande entre elas [ciência e cultura] nas formas de pensar e representar”, afirma. Ela acrescenta que o saber científico é mediado tanto pela racionalidade quanto pelos sentidos simbólicos.

Na ocasião, a pesquisadora e doutora em Saúde Pública apontou que o momento atual é marcado pelo acirramento de confrontos e a ciência terá mudanças na percepção, na experiência e no discurso. “Tensões e polarizações impregnam a própria construção do conhecimento”, explica. Nesse contexto, para ela, é preciso encontrar condições de diálogo e criar articulações de conhecimentos.

Ela também colocou em questão o paradoxo entre o alto grau de generalização buscado no saber científico e a necessidade de compreender as individualidades. “A todo instante nos reconstruímos pelas relações”, constata. Ela criticou o relativismo absoluto, mas defendeu que o desafio do pesquisador é entender contextos e singularidades, não apenas padrões de normatização.

Respondido por isaahribeiro7687
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Para o Ministério da Cultura, ciência não é cultura. Apenas a difusão de manifestações artísticas pode receber isenções fiscais. Mas porque será então que, um ano após a criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que foi em 1948, os cientistas deram o nome de “Ciência e Cultura” para o órgão oficial da nova entidade? E o filósofo da natureza Galileu – aquele que dizia que a terra se movia em torno do sol – que foi perseguido pelo poder dominante da época, já que não tinha como provar a teoria? E Leonardo da Vince? Era cientista ou artista? Como a impressão geral é a de que a ciência tem por base a razão – a busca por provas – enquanto a arte lida com emoções, cabe analisar a relação entre ciência e cultura, nesses tempos em que a tecnologia – que é a aplicação prática da ciência – muda hábitos, costumes, maneiras de ser e de pensar.

 
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