Artes, perguntado por annewithane20, 10 meses atrás

qual a relação entre as representações sociais e o teatro?
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Respondido por guipalmeira22
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Resposta:

RESUMO

O artigo apresenta nossos esforços em articular dois campos do saber humano, psicologia social e história, como parte de uma pesquisa que envolve a compreensão do impacto psicossocial à presença de chineses no Brasil do século XIX. A partir da teoria das representações sociais, o objetivo é contribuir para uma psicologia histórica que seja capaz de integrar temas comuns às ciências humanas, tais como alteridade, imaginário e modernidade. A flexibilidade da corrente inaugurada por Moscovici permite a análise não apenas do "estranhamento" como da "naturalização" dos fatos que se tornam históricos. Assim, o diálogo entre as referidas disciplinas se mostrou promissor em nosso trabalho e mais uma possibilidade de alargamento de campo à teoria das representações sociais.

 

 

 

Optamos pela teoria das representações sociais por considerá-la um instrumento consistente de pesquisa que circula com desembaraço entre os diferentes segmentos da ciência, o que constitui no segredo de seu sucesso, como destaca Leme (1995, p. 56) ao afirmar que a preocupação de Moscovici foi abrir um campo de pesquisa flexível e não um paradigma magro e solitário.

Apesar de utilizar temas caros aos trabalhos de historiadores, como memória e identidade, nem sempre a dimensão histórica das representações sociais tem recebido o devido destaque ou aparece apenas em referências ligeiras. O contexto social é realçado e não poderia ser de outra forma, pois a representação é sempre integrante de um todo mais amplo com o qual se articula. O trabalho que desenvolvemos segue provocando estranheza (ancoragens?) em minhas conversas e solicitações de ajuda a historiadores e psicólogos. Os primeiros, ao ouvirem falar em representação se apressam em endossar as críticas a Chartier, afirmando que seu trabalho é inconsistente. E além das supostas inconsistências teóricas de sua história cultural (Cardoso & Malerba, 2000; Pesavento, 1995), ele seria um pós-moderno! Com relação às representações, o historiador Flamarion afirma:

Em minha opinião, a noção de representação social pode ser útil, operacionalmente, em muitos de seus usos e conceituações (...) Pessoalmente, pertenço ao grupo daqueles que acham pelo contrário, que, quando se tenta absolutizar essa noção quando ela é tomada literalmente , ela entra "em conflito com o fato óbvio de que não criamos mundos, mas sim que estamos em um": um mundo físico que indubitavelmente não criamos e que nos precede (Cardoso & Malerba, 2000, p. 10).

E conclui: "Os psicólogos sociais, felizmente para eles, não parecem sentir a tentação de tudo reduzir às representações coletivas: estas constituem um de seus domínios de trabalho" (Cardoso & Malerba, 2000, p. 23). Mas não se trata apenas de uma questão de domínio ou reserva de mercado. Heller (1970/2000), por exemplo, relaciona cotidiano e história através de conceitos como imitação e motivação. Assim, é preciso também conhecer os referenciais dos autores que utilizamos, como no caso da historiadora marxista. As correntes possuem especificidades, é preciso admitir, e as conexões não podem ser estabelecidas de forma arbitrária, embora tal prudência não possa significar um legítimo impedimento. Seja como for, o tempo das ortodoxias tem cedido vez às experimentações, rompimentos de barreiras, o que talvez se configure num movimento tão inexorável quanto estimulante (Lincoln & Guba, 2003, p. 170). As conexões foram perdidas somente no emaranhado de conceitos produzidos ao longo do tempo, mas os contatos são perceptíveis, por exemplo:

s.

Explicação:

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