Qual a relação entre as construções dos fortes e as capitais brasileiras?
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Durante os três períodos da História do Brasil: colônia, império e república, este tivera três capitais, sendo a terceira a atual capital do país. No artigo a seguir irei contar um pouco da escolha destas três cidades para se tornarem capitais desta nação.
Inicialmente desde sua "descoberta" em 1500, a Ilha de Vera Cruz (assim como era chamado o Brasil na época do descobrimento), só viria ter um papel de caráter colonizador após trinta anos. Desde então a Terra de Santa Cruz (segundo nome dado ao Brasil) só era visitada por expedições exploratórias e pelo comércio do pau-brasil. Em 1530-1531, depois de uma série de acontecimentos ligadas a política exterior, o rei de Portugal na época, D. João III, o Pio, decidira organizar o processo colonizador e ocupacional no Brasil, assim ele o dividiu nas Capitanias Hereditárias a partir de 1534, embora que a Vila de São Vicente (atual cidade de São Vicente no estado de São Paulo) já tivesse sido fundada em 1532 por Martim Afonso de Sousa. A Vila de São Vicente fora a primeira vila a ser fundada no Brasil e motivou o rei que havia dado ordem nesta época a repensar na proposta de se ocupar de forma eficaz o Brasil.
Normalmente nos livros didáticos alegam que o motivo para o D. João III ter optado iniciar a colonização do Brasil fora devido a ameaça dos espanhóis e franceses de ocuparem estas terras. De fato isso fora uma ameaça real, mas além disso havia também o fator econômico. Os portugueses estavam tendo problemas com o comércio em África e Ásia, devido a confrontos com os povos locais. Além disso a descoberta das minas de prata em Potosí no Alto Peru (hoje Bolívia) fora um atrativo a levar o rei a acreditar que no Brasil também pudesse haver minas similares (desde 1500 os portugueses já procuravam por ouro e prata, mas nada conseguiram descobrir). Essa possibilidade de haver minas no Brasil, fora um motivo forte a levar o rei a incentivar a colonização daquelas terras.
Originalmente cada capitania, era chefiada por um capitão donatário, e o cargo era hereditário. Todos os capitães deveriam proteger suas terras, explorá-las atrás de recursos e produzir algo que pudesse ser comercializado. No entanto todos eram subordinados ao rei de Portugal.
"O governo régio optou, a partir de 1534, por recorrer a particulares para quem transferiu na quase totalidade a iniciativa da colonização. Este segundo modelo - de exclusividade particular (1534-1548) - revelou-se, contudo, insuficiente para atingir os objetivos pretendidos devido à desproporção existente entre as elevadas exigências materiais e humanas que a sua concretização implicava e as disponibilidades dos donatários (capitães-governadores) e também aos abusos a que dava ocasião a total ausência de fiscalização régia". (COUTO, 2000, p-60).
Mapa retratando as
capitanias hereditárias originais
Originalmente a história que vemos na escola, tende a dizer que das primeiras capitanias estabelecidas, somente as de Pernambuco e de São Vicente, é que chegaram a razoavelmente darem certo. Principalmente a de Pernambuco, que viria ser o polo açucareiro nos anos seguintes. Como fora visto na citação acima, a tentativa de abrir a administração e o investimento a particulares, acabou não resultando em algo muito eficiente. Porque mesmo que estes particulares quisessem vir para o Brasil e investir em suas terras, que garantias eles teriam que não seriam atacados por índios, ou pelos franceses, espanhóis ou por outro povo? Que garantia eles teriam que conseguiriam arranjar mão-de-obra decente para trabalhar nessas terras? Estas e outras questões dificultaram uma implantação administrativa bem sucedida. E a saída para isso encontrada pelo rei D. João III, fora em se centralizar o poder da colônia nas mãos de um governador-geral. Assim nascia o Governo-Geral. Vale ressalvar que o modelo das capitanias não fora abolido; o novo governo visava uma melhor organização na admi vunistração das capitanias, centralizando os seus poderes. O fim das capitanias só vai ocorrer no século XVIII, por decreto do Marquês de Pombal.
Inicialmente desde sua "descoberta" em 1500, a Ilha de Vera Cruz (assim como era chamado o Brasil na época do descobrimento), só viria ter um papel de caráter colonizador após trinta anos. Desde então a Terra de Santa Cruz (segundo nome dado ao Brasil) só era visitada por expedições exploratórias e pelo comércio do pau-brasil. Em 1530-1531, depois de uma série de acontecimentos ligadas a política exterior, o rei de Portugal na época, D. João III, o Pio, decidira organizar o processo colonizador e ocupacional no Brasil, assim ele o dividiu nas Capitanias Hereditárias a partir de 1534, embora que a Vila de São Vicente (atual cidade de São Vicente no estado de São Paulo) já tivesse sido fundada em 1532 por Martim Afonso de Sousa. A Vila de São Vicente fora a primeira vila a ser fundada no Brasil e motivou o rei que havia dado ordem nesta época a repensar na proposta de se ocupar de forma eficaz o Brasil.
Normalmente nos livros didáticos alegam que o motivo para o D. João III ter optado iniciar a colonização do Brasil fora devido a ameaça dos espanhóis e franceses de ocuparem estas terras. De fato isso fora uma ameaça real, mas além disso havia também o fator econômico. Os portugueses estavam tendo problemas com o comércio em África e Ásia, devido a confrontos com os povos locais. Além disso a descoberta das minas de prata em Potosí no Alto Peru (hoje Bolívia) fora um atrativo a levar o rei a acreditar que no Brasil também pudesse haver minas similares (desde 1500 os portugueses já procuravam por ouro e prata, mas nada conseguiram descobrir). Essa possibilidade de haver minas no Brasil, fora um motivo forte a levar o rei a incentivar a colonização daquelas terras.
Originalmente cada capitania, era chefiada por um capitão donatário, e o cargo era hereditário. Todos os capitães deveriam proteger suas terras, explorá-las atrás de recursos e produzir algo que pudesse ser comercializado. No entanto todos eram subordinados ao rei de Portugal.
"O governo régio optou, a partir de 1534, por recorrer a particulares para quem transferiu na quase totalidade a iniciativa da colonização. Este segundo modelo - de exclusividade particular (1534-1548) - revelou-se, contudo, insuficiente para atingir os objetivos pretendidos devido à desproporção existente entre as elevadas exigências materiais e humanas que a sua concretização implicava e as disponibilidades dos donatários (capitães-governadores) e também aos abusos a que dava ocasião a total ausência de fiscalização régia". (COUTO, 2000, p-60).
Mapa retratando as
capitanias hereditárias originais
Originalmente a história que vemos na escola, tende a dizer que das primeiras capitanias estabelecidas, somente as de Pernambuco e de São Vicente, é que chegaram a razoavelmente darem certo. Principalmente a de Pernambuco, que viria ser o polo açucareiro nos anos seguintes. Como fora visto na citação acima, a tentativa de abrir a administração e o investimento a particulares, acabou não resultando em algo muito eficiente. Porque mesmo que estes particulares quisessem vir para o Brasil e investir em suas terras, que garantias eles teriam que não seriam atacados por índios, ou pelos franceses, espanhóis ou por outro povo? Que garantia eles teriam que conseguiriam arranjar mão-de-obra decente para trabalhar nessas terras? Estas e outras questões dificultaram uma implantação administrativa bem sucedida. E a saída para isso encontrada pelo rei D. João III, fora em se centralizar o poder da colônia nas mãos de um governador-geral. Assim nascia o Governo-Geral. Vale ressalvar que o modelo das capitanias não fora abolido; o novo governo visava uma melhor organização na admi vunistração das capitanias, centralizando os seus poderes. O fim das capitanias só vai ocorrer no século XVIII, por decreto do Marquês de Pombal.
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