Filosofia, perguntado por pixied160, 2 meses atrás

Qual a relação entre a indústria cultural e a política?​

Soluções para a tarefa

Respondido por emanoelsouza37
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Resposta:

a indústria cultural é aquela que utiliza como base a cultura de determinados polos do mundo para fabricar seus produtos e a indústria política é o conjunto de ações que envolve setor público e setor privado para formar uma visão estratégica para o crescimento do setor industrial.

Respondido por gs5218886
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Resposta:

A indústria cultural compreende os produtos, os processos e a comercialização de mercadorias culturais que cercam a população, que são desenvolvidos e disseminados pelo próprio governo e que consideraram os interesses específicos e necessidades de cada faixa etária e categorias sociais, adotando uma ação não ostensiva, mas muito influente.

Ao longo da história, é possível observar um constante uso da indústria cultural pelos governantes (políticos), como forma de propagar seus ideais e na maioria das vezes também como forma de manipular a sociedade, induzindo o pensamento e o expressionismo pela transmissão da informação e pelos sistemas de comunicação como, por exemplo: jornais, revistas, propagandas.

A manipulação, a formação de opinião, a infantilização e condicionamento de mentes e a produção cultural do grotesco para a despolitização são os aspectos trabalhados pela indústria cultural quando há a intenção de uma manipulação cultural ou política.

No século XX, são observados exemplos famosos do uso da indústria cultural como forma de propagação da política, tais como a propaganda de Hitler na Segunda Guerra Mundial, no qual disseminava seu ideal de Nacional Socialismo que compreendia o racismo, o anti-semitismo e o anti bolchevismo. Após a chegada do nazismo ao poder em 1933, Hitler estabeleceu o Ministério do Reich para Esclarecimento Popular e Propaganda, encabeçado por Joseph Goebbels. O objetivo do Ministério era garantir que a mensagem nazista fosse transmitida com sucesso através da arte, da música, do teatro, de filmes, livros, estações de rádio, materiais escolares e imprensa.

Nos Estados Unidos tem-se o uso do cinema para propagar seus ideais. O filme sonoro e a televisão podem criar a ilusão de um mundo que não é o que a nossa consciência espontaneamente pode perceber, mas uma realidade cinematográfica que interessa ao sistema econômico e político no qual se insere a indústria cultural. Pela cultura de massa, o homem é subordinado ao progresso da técnica.

No começo da década de 1940, através dos estúdios Walt Disney em uma turnê pela América Latina, o governo americano criou o personagem “Zé Carioca” para se aproximar mais do Brasil, como forma de reunir aliados durante a Segunda Guerra Mundial e “vender” o capitalismo, com medo do comunismo se implantar no Brasil. Historicamente esse esforço na América Latina foi chamado de "Good Neighbor Policy" ou Política da Boa Vizinhança. Os comunistas de então foram muito críticos a Zé Carioca e a cantora e atriz Carmen Miranda, que acusavam de representar os valores do "capitalismo" encarnados por Hollywood e pelos Estados Unidos.

A imagem mostra a reverência dos personagens americanos à beleza de uma das praias no litoral carioca. Tal imagem pode ser vista como forma de elogio às belezas naturais do Brasil, mas, por trás disso é observado o interesse em se aproximar da população brasileira.

O uso das televisões estatais em países com regimes ditatoriais (Cuba, Coréia, China, Venezuela, etc), é mais um exemplo da política usando a indústria cultural.

Em 1959, com a chegada da Revolução Cubana, a CMQ-TV como os demais meios de comunicação do país, foram estatizados. Posteriormente, a 27 de Fevereiro de 1961, quando a publicidade comercial desapareceu dos meios de comunicação cubanos, o Estado cubano assume o financiamento dos canais de televisão.

Na Coréia do Norte, o sistema de propaganda nada deixa ao acaso e os conteúdos mediáticos "são sujeitos a três filtros de censura: interna, estatal e ‘a posteriori’".

São transmitidos conteúdos estrangeiros ignorando quaisquer direitos de autor. Na televisão, os norte-coreanos têm um canal generalista, outro educativo e um terceiro chamado Mansudae TV, que transmite programas estrangeiros, normalmente de entretenimento, que o regime seleciona e corta a gosto. Os "media" da Coréia do Norte incluem a televisão e a rádio estatais, o jornal Rodong e a agência noticiosa KCNA, todos controlados pelo Governo.

Além disso, os jornalistas norte-coreanos têm acesso "à informação sobre o que se passa no estrangeiro, mas têm que a falsear" para esconder os progressos econômicos em outros países, enquanto a Coréia do Norte está em crise desde a década de 1990.

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