Qual a RELAÇÃO DOS TRIUNVIRATOS com a crise da República romana?
ñ acho isso em lugar algum
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Resposta:
A fase do Império Romano foi consequência da crise que Roma enfrentou nos dois últimos séculos da república. Essa crise deu-se por meio de convulsões sociais, revoltas de escravos, mas, sobretudo, por disputas de poder que levaram a guerras civis. A expansão territorial que Roma passou durante o período republicano resultou no surgimento de novas demandas políticas que reivindicavam certa centralização do poder.
A historiadora Mary Beard|1| afirma que a expansão territorial romana, por meio da anexação territorial das províncias (termo usado para definir as regiões conquistadas), criou debates no interior da política romana a respeito da administração do império e questões sobre o poder partilhado. Assim o poder que estava nas mãos do Senado passou a ser questionado.
Além disso, os generais romanos que participavam das campanhas de conquista de Roma ganharam popularidade e passaram a ter ambições políticas. Isso está relacionado principalmente com a profissionalização dos exércitos em Roma no século II a.C., o que contribuiu para que os militares se tornassem figuras realmente importantes.
A disputa pelo poder gerou guerras que desestabilizaram o império, fazendo com que fossem criados os triunviratos como forma de conter as disputas. Existiram dois triunviratos no final da República Romana, e ambos resultaram em novas guerras, novamente pelo controle do poder. O primeiro triunvirato viu Júlio César emergir como vencedor da disputa com Crasso e Pompeu. Em 46 a.C., ele se tornou ditador vitalício, possuindo plenos poderes sobre Roma.
Júlio César foi assassinado por membros do Senado em 44 a.C., e foi necessário formar um segundo triunvirato, composto por seus apoiadores. Esse triunvirato foi formado por Otávio, Marco Antônio e Lépido e também resultou em guerra. Ao final dessa disputa, Otávio saiu como vencedor.