QUAL A RELAÇÃO DO ESTADO COM A IGREJA?
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A paróquia era uma pequena província governada por um sacerdote, geralmente de origem humilde e que vivia sempre em contato com o povo. Os bispos governavam uma diocese constituída de várias paróquias e administravam em nome do Estado da Igreja. Os arcebispos tinham ao seu cargo uma diocese particular, ao mesmo tempo em que fiscalizavam outras que compunham sua província eclesiástica. A Igreja contava com o apoio de seus Tribunais Eclesiásticos, os tribunais julgavam os membros do clero, mas também conheciam e impunham limites sobre todos os assuntos vinculados ou não à Igreja.
A Igreja dividia-se em dois cleros: o secular e o regular. Os sacerdotes, arcebispos, bispos e párocos constituíam o clero secular, assim chamado porque seus membros viviam na sociedade ou no mundo. Os membros do clero regular viviam em seus mosteiros, que obedeciam as regras de sua ordem religiosa. A ordem Beneditina era a mais antiga, fundada por São Bento no Monte Cassino em 529. As regras das ordens religiosas eram direcionadas aos votos de pobreza, castidade, caridade e obediência ao abade. Existiam ordens religiosas dos beneditinos, dos franciscanos, dos dominicanos, das carmelitas e dos agostinianos. A importância do clero regular foi enorme. Tudo que temos de mais rico em termos do saber e da cultura clássica chegaram até os nossos dias através dos manuscritos feitos pelos monges copistas.
O respeito que a Igreja impunha criou ao redor das paróquias e dos mosteiros uma atmosfera de estabilidade, onde de uma forma geral todos encontravam a confiabilidade na figura temporal e espiritual do Estado Igreja. Podemos dizer que a Igreja construiu a sociedade feudal.