Ed. Física, perguntado por Akhs098zal, 11 meses atrás

Qual a relação das transformações sociais do século passado com a evolução da ginástica de 1920 a 1960?

Soluções para a tarefa

Respondido por alicepereira05674968
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Resposta:

Falar de história sempre implica em significativa responsabilidade e, sobretudo, cautela frente às novas tendências historiográficas e novos elementos que vêem sendo abordandos historicamente. A história apresentou extremas transformações no último século, modificando o que se observa como sendo seu conhecimento histórico. Diante destas transformações, também as Ginásticas apresentaram nuances diferenciadas no decorrer de seu processo evolutivo. Com isso, este estudo pretendeu realizar uma revisão de literatura apresentando a importância do conhecimento histórico para o desenvolvimento das Ginásticas dentro e fora do contexto acadêmico.

Assim, partir-se-á dos conceitos gerais de história que serviram de base para a fundamentação deste texto. O olhar histórico que o norteou foi um olhar contemporâneo de se fazer história. Esta forma surgiu nos anos 20 e tem como seus principais idealizadores, Bloch e Febvre, que segundo Vainfas (1997):

... Combatiam uma história que, pretendendo-se científica, tomava como critério de cientificidade a verdade dos fatos, à qual se poderia chegar mediante a análise de documentos verdadeiros e autênticos (ficando os ‘mentirosos’ e ‘falsos’ à margem da pesquisa histórica) (...) Combatiam, enfim, uma história que se furtava ao diálogo com as demais ciências humanas, a antropologia, a psicologia, a lingüística, a geografia, a economia e, sobretudo, a sociologia, rainha das disciplinas humanísticas na França desde a obra de Durkheim (p. 130).

A história, que atravessa o século XX perfazendo grupos contrários às diferentes formas de compreensão, interpretação e aplicação da mesma é visualizada por Chartier (1994) como uma disciplina que:

se afastou de uma simples cartografia das particularidades ou de um simples inventário, jamais concluído, aliás, de casos ou fatos singulares. A história pôde assim retomar a ambição que havia fundado no início deste século a ciência social, especialmente na sua versão sociológica e durkheimiana: identificar estruturas e regularidades, e portanto, formular relações gerais (p. 98).

Segundo o autor, nas últimas duas décadas a história modificou-se completamente quanto à maneira de tratar seu(s) objeto(s) de estudo(s), se baseando agora em “modelos interacionistas e etnometodológicos”. Chartier (1994) ainda alega que não são mais “as estruturas e os mecanismos que regulam, fora de qualquer controle subjetivo, as relações sociais, e sim as racionalidades e as estratégias acionadas pelas comunidades, as parentelas, as famílias, os indivíduos” (p. 98).

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