Qual a relação da violência com o poder?
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Se verificarmos os sentidos que a Mídia reserva para os conceitos de poder e liderança, encontraremos milhares de definições. Não teríamos nós educadores o dever de rever estes conceitos a cada momento? Não somos lideres? Não temos poder? Qual o nosso lugar na escola e na sala de aula?
Se o poder é algo que se possui e do qual se faz uso voluntário para o beneficio próprio, como ele acontece? Existe poder se existir ao lado de quem induz quem induzir? Daí esse caráter relacional inerente ao poder. "O poder social não é uma coisa ou sua posse: é uma relação entre pessoas". Na sua mais pura essência, poder é a capacidade ou possibilidade de agir e de produzir efeitos. Essa capacidade é bastante abrangente podendo se referir a pessoas, coisas e animais.
E liderança? "Liderança" é um tema que vem sendo discutido pelo homem desde os mais remotos tempos. Ser líder, formar líderes, parece ser um desafio constante do homem e das organizações.
Interessante resultado de pesquisa realizada na Europa com mais de 500 executivos de todos os tipos de indústria mostra coisas simples, objetivas e fornece conselhos úteis para todos que desejam alcançar o sucesso pessoal e profissional.
Em contraponto, quem assiste o B.B.B já analisou o “poder “ que é dado ao líder? Que líder é esse?
Em educação poderíamos debater sobre esses conceitos, usando os mesmos sentidos? Se cada um de nós tem experiências, valores, interesses, motivações, anseios, preferências e convicções diferenciadas não seria natural respeitar, admitir e conviver com diferenças individuais? Isto vem a ser flexibilidade, uma das muitas habilidades a serem desenvolvidas por todos nós que lideramos.
A escola não pode ser vista apenas como reflexo da opressão, da violência e dos conflitos. Ela é o lugar onde se tece uma complexa rede de relações e na medida em que o professor não consegue perceber essa teia ele concentra os conflitos ou na sua pessoa, ou no outro, não os deslocando, portanto, para o coletivo.
Como não há reversibilidade de posições, forma-se uma rígida divisão entre aquele que impõe e aquele que obedece e se revolta. Dessa forma, cada um passa a ser movido por uma ordem, por uma obrigação que é imposta e não incorporada.
O grande problema talvez esteja no fato de o professor se concentrar apenas na sua posição normalizadora acreditando que, com isso, ele conseguirá eliminar os conflitos.
Acreditamos que é preciso construir práticas organizacionais e pedagógicas que levem em conta as características das crianças e jovens organizando o ano escolar não só com “programas” e ajustes que muitas vezes desmontam a escola, mas com a valorização do profissional da educação. É urgente fazer renascer a reciprocidade sem eliminar a autonomia das pessoas respeitando seu espaço e suas diferenças para que possamos partilhar as emoções que fundamentam o sentimento da vida coletiva.
naih4:
Obg
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