Biologia, perguntado por stellacpedroso, 11 meses atrás

qual a relação da P53 com o câncer?​

Soluções para a tarefa

Respondido por NataliaOssaka
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O câncer é uma doença genética cuja evolução conduz a inúmeras

alterações no DNA. Os proto-oncogenes são genes responsáveis pela regulação

positiva da proliferação celular, enquanto os genes supressores de tumor se

encarregam de inibir a multiplicação das células. Durante o desenvolvimento das

neoplasias ocorre a ativação de proto-oncogenes simultânea a inativação de

genes supressores de tumor. A mutação de um oncogene promove divisões

celulares sem restrição e a mutação de um gene supressor de tumor leva a

produção de proteínas defeituosas.

Há cerca de duas décadas, p53, uma proteína relacionada ao bloqueio

do ciclo celular em caso de dano ao DNA, tornou-se um foco de pesquisas e a

sua bioquímica, suas funções biológicas e sua relevância para o câncer, têm

proporcionado uma série de conhecimentos para a oncologia.

Em 1982 foi feita a primeira descrição dos anticorpos contra a proteína

p53 humana. Inicialmente o método de detecção utilizado era imunoprecipitação,

mais tarde passou a ser realizado por ELISA (Enzyme-linked immunosorbent

assay) (CRAWFORD et al., 1982).

A análise sorológica é um ensaio global que não depende da

amostragem e o mecanismo que leva à formação destes anticorpos é pouco

conhecido. Além disso, o acúmulo de p53 mutante também é um componente

importante da resposta humoral e os anticorpos podem reconhecer tanto o tipo

selvagem, quanto a p53 mutante (SOUSSI, 2000).

A imunoistoquímica tem sido utilizada na detecção da proteína p53

mutante em diversas neoplasias. O anticorpo anti p53 reconhece antígenos que

são expressos pelas células neoplásicas, permitindo conhecer melhor a biologia

do câncer e obter informações como imunorreatividade de receptores de

membrana e características proliferativas do tumor (DE NARDI, 2007).

As tecnologias em genética molecular têm favorecido o conhecimento

do gene TP53, mostrando a influência das suas alterações no desenvolvimento

das neoplasias. A procura por terapias seletivas contra o câncer, proporcionando

um direcionamento específico para as células neoplásicas, vem estimulando a

ideia de desenvolver meios para reconstituir a função da p53 selvagem.

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