qual a relação da moda com o contexto histórico?
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prêt-à-porter é um marco para a compreensão histórico-sociológica da moda neste estudo. Mas retornemos ao início assinalado por Gilles Lipovetsky.
A partir do século XI, a economia agrícola e o comércio propiciaram o impulso das cidades. A miséria, as guerras e epidemias também intensificaram a composição urbana, porque concentraram fortunas e impulsionaram o enriquecimento de pequenos burgos. Posteriormente, o setor têxtil e o fluxo mercantil possibilitaram o intercâmbio de materiais diversificados: a seda do extremo Oriente, peles russas e escandinavas, algodão turco, sírio ou egípcio, plumas africanas. O câmbio de lãs de Flandres e da Inglaterra, linho da Alemanha, veludo da Itália também se fez com as feiras e o comércio marítimo. As matérias-primas seguiam às corporações de ofício especializadas, que cautelosamente costuravam as vestes sob medida para a clientela. O produto final deste percurso ia ao encontro do ideal de fineza e distinção da aristocracia.
Em fins da Idade Média, os éditos suntuários terminantemente impediam a plebe de bem vestir-se à moda, sendo essa cultura restrita à nobreza. Na última metade do século XIV, a moda passou por sua fase inaugural européia, ainda artesanal e reservada ao círculo da aristocracia. O traje bem cortado sinalizava o status político e econômico de quem o portava. Também durante os séculos XVI e XVII, as camadas sociais que se vestiam altivamente eram unicamente as abastadas economicamente. A partir do século XVIII nas cidades, os mercadores e artesãos também passaram a se vestir com certo requinte, relativamente reduzindo a distância para com os trajes suntuosos. Nos séculos XVIII e XIX, o comércio, os bancos e a burguesia fizeram surgir uma nova figura: o novo-rico, e com ele despontava um novo modo de se vestir.
Nota-se, nesta brevíssima cronologia proposta por Lipovetsky, que a moda passo a passo conquistou mais espaço na sociedade. O acesso à moda relativamente se democratizara, um fato histórico que só seria possível se aliado à ascensão econômica burguesa e ao Estado moderno. Destaca-se que ao abordar a moda, cita-se a moda que se aprimorou nas sociedades modernizadas.
Em fins do século XIX, “o século da moda por excelência”, a moda moderna se consolida. Se em meados desse século a produção das peças de vestuário era um trabalho manual dos alfaiates, no fin de siècle, as máquinas de costura de 1860 aqueceram a força produtiva ampliando sua escala. Nesse contexto, o acesso à moda é ainda mais facilitado. Essa época se encaminhava para o que se designaria a “moda de cem anos” iniciada por Charles Frederick Worth, o qual foi um dos estilistas mais famosos e suas maisons, que duraria da metade do século XIX até 1960. Nesse momento “heróico e sublime” da moda, duas indústrias se destacaram mirando alvos diferentes entre os consumidores. De um lado, os tecidos luxuosos
da Alta Costura faziam a alegria da aristocracia, criando sob medida vestidos sofisticados para ela. De outro lado, a Costura tentava proporcionar um luxo popular, produzido em série e em escala massiva.Para Gilles Lipovetsky, a Alta Costura não acelerou o ritmo da moda, mas disciplinou-a com os desfiles marcados às estações sob uma periodicidade bianual. Em coleções sazonais, a líder Paris (laboratório de novidades) irradiava as últimas criações estilísticas. O papel de modelistas e estilistas marcaram a fase moderna: o costureiro ascendia ao patamar de criador artístico, com a liberdade e as inspirações para elaborar modelos inéditos, novas linhas e moldes exclusivos. Assim nasce a idéia da moda como uma das “belas artes.
A partir do século XI, a economia agrícola e o comércio propiciaram o impulso das cidades. A miséria, as guerras e epidemias também intensificaram a composição urbana, porque concentraram fortunas e impulsionaram o enriquecimento de pequenos burgos. Posteriormente, o setor têxtil e o fluxo mercantil possibilitaram o intercâmbio de materiais diversificados: a seda do extremo Oriente, peles russas e escandinavas, algodão turco, sírio ou egípcio, plumas africanas. O câmbio de lãs de Flandres e da Inglaterra, linho da Alemanha, veludo da Itália também se fez com as feiras e o comércio marítimo. As matérias-primas seguiam às corporações de ofício especializadas, que cautelosamente costuravam as vestes sob medida para a clientela. O produto final deste percurso ia ao encontro do ideal de fineza e distinção da aristocracia.
Em fins da Idade Média, os éditos suntuários terminantemente impediam a plebe de bem vestir-se à moda, sendo essa cultura restrita à nobreza. Na última metade do século XIV, a moda passou por sua fase inaugural européia, ainda artesanal e reservada ao círculo da aristocracia. O traje bem cortado sinalizava o status político e econômico de quem o portava. Também durante os séculos XVI e XVII, as camadas sociais que se vestiam altivamente eram unicamente as abastadas economicamente. A partir do século XVIII nas cidades, os mercadores e artesãos também passaram a se vestir com certo requinte, relativamente reduzindo a distância para com os trajes suntuosos. Nos séculos XVIII e XIX, o comércio, os bancos e a burguesia fizeram surgir uma nova figura: o novo-rico, e com ele despontava um novo modo de se vestir.
Nota-se, nesta brevíssima cronologia proposta por Lipovetsky, que a moda passo a passo conquistou mais espaço na sociedade. O acesso à moda relativamente se democratizara, um fato histórico que só seria possível se aliado à ascensão econômica burguesa e ao Estado moderno. Destaca-se que ao abordar a moda, cita-se a moda que se aprimorou nas sociedades modernizadas.
Em fins do século XIX, “o século da moda por excelência”, a moda moderna se consolida. Se em meados desse século a produção das peças de vestuário era um trabalho manual dos alfaiates, no fin de siècle, as máquinas de costura de 1860 aqueceram a força produtiva ampliando sua escala. Nesse contexto, o acesso à moda é ainda mais facilitado. Essa época se encaminhava para o que se designaria a “moda de cem anos” iniciada por Charles Frederick Worth, o qual foi um dos estilistas mais famosos e suas maisons, que duraria da metade do século XIX até 1960. Nesse momento “heróico e sublime” da moda, duas indústrias se destacaram mirando alvos diferentes entre os consumidores. De um lado, os tecidos luxuosos
da Alta Costura faziam a alegria da aristocracia, criando sob medida vestidos sofisticados para ela. De outro lado, a Costura tentava proporcionar um luxo popular, produzido em série e em escala massiva.Para Gilles Lipovetsky, a Alta Costura não acelerou o ritmo da moda, mas disciplinou-a com os desfiles marcados às estações sob uma periodicidade bianual. Em coleções sazonais, a líder Paris (laboratório de novidades) irradiava as últimas criações estilísticas. O papel de modelistas e estilistas marcaram a fase moderna: o costureiro ascendia ao patamar de criador artístico, com a liberdade e as inspirações para elaborar modelos inéditos, novas linhas e moldes exclusivos. Assim nasce a idéia da moda como uma das “belas artes.
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