História, perguntado por bisonhofelipe, 11 meses atrás

qual a relação da Cruz de Malta com as cruzadas da idade média ?

Alguém me ajuda por favor

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Respondido por ninguemp9
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Resposta:

Era assim – os demônios de preto – que os soldados otomanos chamavam os cavaleiros da Ordem de Malta, uma irmandade de monges-guerreiros vestidos de preto e famosos pela habilidade em batalha (e pela sobrevivência) após um milênio de guerras, intrigas, fugas e perseguições.

No passado, a Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta (esse é o nome oficial da organização) era formada por clérigos nobres cavaleiros – que antecipariam o atual movimento internacional da Cruz Vermelha.

Hoje, a ex-potência militar de tradição aristocrática controla um Estado soberano e sem território, com apenas alguns palácios em Roma, e segue católica, fiel ao papa. Porém, sua força está nas relações diplomáticas que a irmandade mantém com mais de 120 países pelo mundo (católicos ou não), tendo representação inclusive na Organização das Nações Unidas, como Observadora Permanente. A Ordem de Malta, a mais antiga instituição humanitária do planeta, tem uma história com diversos capítulos fascinantes. A começar pelo nome.

Os Cavaleiros Hospitalários

Seus membros, que hoje são chamados de Cavaleiros de Malta, surgiram como os Cavaleiros Hospitalários. Depois, se tornaram os Joanitas, Hierosolimitanos, Rodes e apenas a Religião. Mudanças de nome geradas pelas peripécias geográficas que a Ordem enfrentou no decorrer dos séculos.

Tudo começou na Alta Idade Média, justamente no tempo em que surgiam outras ordens monástico-militares. Seu fundador, o monge italiano Gerardo Sasso, e mercantes da república marinara de Amalfi, na Itália (que dominava o Mediterrâneo oriental na época), obtiveram do califa do Egito a autorização para construir um hospital para forasteiros e peregrinos em Jerusalém, dedicado a São João Batista, o futuro patrono da Ordem.

Com o início da Primeira Cruzada (1096-1099), aquela obra de caridade na Terra Santa passou a atrair cada vez mais adesões entre os “soldados de Cristo”, que chegavam à região para lutar contra os muçulmanos. Até que, em 1113, uma declaração oficial do papa Pascoal II autorizava a criação formal da Ordem Religiosa de São João, em Jerusalém – uma congregação independente das autoridades eclesiásticas locais que se tornaria o primeiro exemplo de organização internacional de beneficência e caridade.

Crédito: Reprodução

“Os membros da Ordem precisavam fazer voto de pobreza, castidade e obediência, e tinham duas missões: defender a fé cristã na Terra Santa, contra os muçulmanos, e ajudar os peregrinos construindo hospitais. Essa segunda era a missão principal. Por isso, ficou conhecida como a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários”, explica o professor Charles Dalli, historiador da Universidade de Malta.

Como símbolo da nova instituição, foi escolhida a cruz de oito pontas de Amalfi, que representava as oito beatitudes evangélicas do “Discurso da Montanha” de Jesus. E como lema, a frase em latim Tuitio Fidei et Obsequium Pauperum, cuja tradução é “defesa da fé e serviço aos pobres”.

Logo, o segundo grão-mestre hospitalário, o cavaleiro francês Raymond du Puy, general do lendário rei de Jerusalém Godofredo de Bulhão, dividiu a Ordem em três classes: religiosos, trabalhadores e combatentes – o que espelhava, aliás, as três classes sociais da Idade Média. “Os Hospitalários começaram a se estruturar, obtendo doações de europeus ricos, ganhando terras enormes e melhorando suas capacidades de combate.

Com isso, se espalharam por toda a Terra Santa, permanecendo por mais de 200 anos nos Reinados Cruzados de Além-Mar”, diz Emanuel Buttigieg, historiador e professor, também da Universidade de Malta. Segundo ele, esses monges-guerreiros foram os protagonistas de épicas batalhas e de brilhantes negociações diplomáticas. “Criaram o primeiro sistema de saúde pública da história, até para quem não era cristão.”

Explicação:

corta do jeito que ficar melhor pra vc !!!

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