História, perguntado por helenomoura, 9 meses atrás

Qual a relação da crise agrícola do século XIV com a crise econômica e a fome? *

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Respondido por juliamelloo6o4
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Resposta:

a economia medieval vivenciou uma época de ascensão mediante a ampliação da oferta de gêneros agrícolas e o desenvolvimento das cidades. Devido a Peste Negra, em pouco tempo, milhares de europeus foram dizimados por uma terrível epidemia que se alastrou graças às péssimas condições de higiene daquela época. Além de causar tantas mortes, essa doença também foi responsável por um grande declínio populacional. Alguns estudiosos estimam que mais de um terço da Europa foi vitimada.

Explicação:

Respondido por andrezag14pavw3d
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Resposta:

Econômica

Segundo Hobsbawm, a crise é gerada, substancialmente, por uma crise de produção. O comércio se expandia cada vez mais com as novas rotas marítimas, utilizadas a partir da expansão marítima, tornando-se global. Mas, com o início do século XVII, as maiores zonas comerciais da época (localizadas na região dos mares Mediterrâneo e Báltico) entraram em declínio, resultando na baixa do comércio de alimentos e na produção têxtil em toda a Europa. Como a sociedade era organizada aos moldes do feudalismo, ou seja, vinculada à terra, a oferta não conseguia suprir a demanda, resultando numa crise de produção geral. Por mais que existissem mercadores durante o período, não havia investimento no mercado. Isso se deu porque os burgueses enriqueciam para se tornarem nobres, e não por uma lógica capitalista.Há outros agravantes para a crise, como a diminuição de metais preciosos da América e revoltas políticas, como a Guerra dos Trinta Anos e a Revolução Inglesa.

Para Niels Steensgaard, a crise econômica não foi um retrocesso universal, mas atingiu vários setores em momentos e dimensões diferentes. Dessa forma, não é possível precisar um período em que tanto o comércio quanto a indústria europeus foram acometidos pela depressão. Também não se trata de uma crise de produção, mas uma crise de distribuição dos produtos. Além disso, a concretização do Absolutismo afeta diretamente a economia, agravando a crise.

Outras hipóteses sugerem que a ausência de uma massa de trabalhadores assalariados e de uma separação entre os produtores diretos e os meios de produção, tornou impossível o desenvolvimento de um modo de produção mais sofisticado. O resultado teria sido um crescimento nos quadros de uma sociedade feudal, produzindo no médio prazo a estagnação econômica e os rendimentos decrescentes na agricultura que caracterizaram a crise.

Política

A morte do Rei Gustavus II, durante a Guerra dos 30 Anos, na batalha de Lützen, por Carl Wahlbom.

Por todo o século XVII, a Europa é marcada por uma série de revoltas e guerras, como a Guerra dos Trinta Anos, a Revolução Inglesa, as Frondas francesas, a Revolta Holandesa, a Sublevação da Catalunha, a Revolta de Portugal, a Revolta da Andaluzia e a Revolta de Masaniello. As movimentações de tropas, a destruição de colheitas e o aumento da pressão fiscal teriam produzido fome e epidemias que, por conseguinte, estariam na base das causas de crises demográficas, que também marcaram o período.

Nesse sentido, o historiador Hugh Trevor-Roper explica que todos esses acontecimentos eram frutos de uma crise política geral na Europa. A expansão econômica do século XVI, resultante da expansão marítima e da extração de metais da América, levou à constituição do Estado Renascentista, uma estrutura burocrática marcada pelo direito escrito e pela criação e venda de cargos especializados. Uma economia em expansão podia suportar os salários dos funcionários e os altos custos do governo que eram gerados pela "burocracia parasitária", como diz o historiador. Mas a partir de 1590, surgem as primeiras rachaduras nessa economia estável, causadas pelas guerras e pela diminuição da entrada de metais, bem como pela universal depressão comercial de 1620. Para pagar os salários dos vários burocratas desses Estados, a Coroa aumentou os impostos cobrados e exigências, gerando uma crescente insatisfação na sociedade. Portanto, é seguro afirmar que essa crise política nada mais é do que uma crise "nas relações entre Estado e sociedade".

Social Editar

A sociedade do século XVII é uma sociedade que está passando por um processo de mudanças sociais. Num período anterior, a Idade Média, a sociedade europeia se organizava por meio de hierarquias estipuladas desde o nascimento, ou seja, de fraquíssima mobilidade social. A partir do período de intensas transformações conhecido como Renascimento, entre os séculos XIV e XVII, a sociedade europeia começa a questionar e repensar seu valores, bem como suas posições sociais.

Esses questionamentos vão resultar em mudanças na sociedade. Portanto, a cultura renascentista passa a estimular mais a mobilidade social, na qual um rico comerciante pode se tornar nobre ao comprar um título de fidalguia ou realizando casamentos com membros da nobreza. As correntes filosóficas-científicas adotam uma nova postura com a tendência a laicização das ciências. Em outras palavras, são forças que visam mudar um ordenamento social. Para isso, essas forças de mudança se chocam com forças de conservação (as pessoas que desejam manter a antiga ordem, tal como os nobres que não querem burgueses alcançando a classe da nobreza). O resultado desse choque são as tensões sociais, que permeiam todo o século XVII e são mais intensas na Espanha.

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